sexta-feira, 1 de abril de 2011

Yewá

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África
Yewa ou Ewá, Orixá do rio Yewa, que fica na antiga tribo Egbado (atual cidade de Yewa) no estado de Ogun na Nigéria. 
Orixá identificada no jogo do merindilogun pelo odu obeogunda.
Verger conta que na Nigéria, Abimbola publicou um itan Ifá (história de Ifa), falando "que de certa feita estando Iyewa à beira do rio, com um igba (gamela) cheio de roupa para lavar, avistou de longe um homem que vinha correndo em sua direção. 
Era Ifá que vinha esbaforido fugindo de Iku (a morte). 
Pedindo seu auxílio, Iyewa despejou toda roupa no chão, que se encontrava no igba, emborcou-o em cima de Ifa e sentou-se.
 Daí a pouco chega a morte perguntando se não viu passar por ali um homem e dava a descrição. 
Iyewa respondeu que viu, mas que ele havia descido rio abaixo e a morte seguiu no seu encalço.
 Ao desaparecer, Ifa saiu debaixo do igba e levou Iyewá para casa, a fim de torná-la sua mulher."
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Brasil
Ewá, Euá, Iyewa, Orixá feminino, é a divindade do rio e da lagoa Iyewà na Nigéria. 
Uma das iabás, considerada ora irmã de Iansã, ora esposa de Oxumarê. 
Seu nome significa maezinha do caráter.
Verger em suas pesquisas diz: "Na Bahia é cultuada somente em três casas antigas, devido à complexidade de seu ritual. 
As gerações mais novas não captaram conhecimentos necessários para a realização do seu ritual, daí se ver, constantemente, alguém dizer que fez uma obrigação para Iyewa , quando na realidade o que foi feito é o que se faz normalmente para Oxum ou Oyá." 
Em 1981, houve uma saída de Iyewá no Ilê Axé Opô Afonjá, após mais de 30 anos da iniciação da anterior.
As cores de seus colares (fio-de-contas) são o vermelho e azul(tranparentes). 
Usa como insígnias a âncora e a espada, ofá que utiliza na guerra ou na caça, brajás de búzios, roupa enfeitada com iko (palha da costa) tingida. 
Gosta de pato, também de pombos, odeia galinhas.
 Há um vodun daomeano com o mesmo nome, cultuado em São Luís do Maranhão. 
Saudação – "Riró!".
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Ficheiro:Ewa.jpg
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Ewá - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil
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Arquétipo
É raro encontrar uma filha de Yewá. 
Elas são valentes e guerreiras, muito belas e conquistadoras. 
Sabem o que querem e vão até o fim. 
São prestativas e se preservam quanto a moral e educação, ou expor seus sentimentos.
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Lendas:
O seu grande ewó (coisa proibida) é a galinha. 
Corre a lenda entre as casas antigas da Bahia que cultuam Iyewá, que certa vez indo para o rio lavar roupa, ao acabar, estendeu-a para secar. 
Nesse espaço veio a galinha e ciscou, com os pés, toda sujeira que se encontrava no local, para cima da roupa lavada, tendo Iyewá que tornar a lavar tudo de novo. 
Enraivecida, amaldiçoou a galinha, dizendo que daquele dia em diante haveria de ficar com os pés espalmados e que nem ela nem seus filhos haveriam de comê-la, daí, durante os rituais de Iyewá, galinha não passar nem pela porta. 
Verger encontrou esse ewó na África e uma lenda idêntica.
Conta-se que Iyewá era uma linda virgem que se entregou a Xangô, despertando o ciúme e a ira de Iansã. Para fugir da senhora dos ventos e tempestades, se escondeu nas florestas com Oxóssi, tornando-se uma guerreira e caçadora.

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Elementos que rege
Rege as neblinas e nevoeiros na natureza.
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Cuba
Lydia Cabrera, antropóloga cubana escreve sobre Yewa e refere-se à Yemayá-Olokún.
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Ewa não é uma orixá, sim uma eledá, como muitas outros que acreditamos ser um orixá. 
Lembro que o titulo de orixá pertence ao orixá Ori, e a nenhum mais. 
Yemanjá tem o de Yia-aja-ori, que não é a mesma coisa de orixá, como podemos pensar numa primeira idéia.
 Mais é aparece nos itans de Ifá em certas ocasiões quando do nascimento, quando dos poderes dela, já mocinha, depois com o primeiro namoro e como amante se assim podemos dizer; quando ela começa uma vida sexual ativa que nos informa que tem ela um caso com: 3 oxalá novo o senhor dos Bambus amarelos, o oxalá que vem avisar que o tempo acabou, depois com Oxoguian, Exu, Oxumaré, com 2 dos Odes, Orunmilá e por ultimo ela aparece como esposa de Omolu. 
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Em seu nascimento ela aparece quando Ogun violenta Nanã, na frente do povo dela, mostrando que ele invadiu a aldeia dela, lembramos que essa lenda começa quando não lhe proíbe a simples pelas terras dela, Nanã faz a lama subir até quase matar Ogun, ele escapa e a fere com uma lança, razão pela qual ela não gosta de metal em suas coisas pois sua carne foi cortada por um metal. 
Ogun se organiza e trava um guerra com Nana sem precedentes, onde sai vitorioso invadindo as terras dela e dominando tudo, por final junta todo o povo de Nanã no meio da aldeia e ali tem relações com ela na frente do povo dela, num demonstração que havia subjugou a rainha. 
Desta relação nasceu Ewá.
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 Uma linda menina, o único filho perfeito que Nanã teve.
 Daí ela mandar colocar acima da porta de sua aldeia um iba de Ogun. Ewa não tem nada, pois Nanã teria já dado distribuído aos seus filhos, Omolu e Oxumaré, seus filhos doentes, mais Oxumaré se apegou a irmã e com ela combinou que cada um iria dirigir o Arco-íris por um tempo, daí ser ele o arco íris um tempo dirigido por Ewá e outro por Oxumaré (não é 6 meses). 
Oxumare dá a Ewa a cor branca do arco íris, pois ela é um santo balle.
Ewa tinha brigas de muitos querendo casar com ela, quando nova pela beleza. 
Ela seduziu Oxalufan que vivia com Nanã. 
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Tendo ai o seu primeiro contato sexual. 
Ela tem suas cores o roxo e branco, enquanto Iku é roxo, preto e branco. 
Conta-se que Ewá recebeu de Ogun o direito de usar uma lâmina que ela esconde entre os seios, cujo o cabo é madeira, que esse fica a mostra. 
Ele mostra a pureza da morte onde devemos nos preparar, pois a vida é uma preparação para esse dia onde vamos prestar conta de tudo que fizemos dela é a expressão não deixe que outro tome seu lugar na morte, pois o julgamento dele será pior que o seu. 
Ewá dá mais um tempo a pessoa para se aguardar uma pessoa de longe chegar antes de dar o sono da morte.
 Ewá vem apenas para quem é digno, daí ter que ter a pureza diante dela.
 Quem não é puro não merece a boa morte. 
Ela é versátil em venenos, onde tentou envenenar alguns orixás, inclusive Exu, que não foi bem sucedida.
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 Consegui subjulgar Orunmilá e mante-lo como escravo dela por muito tempo, nesse período Oxumaré foi babalawô usando as cores, verde, amarelo e preto, ela travou várias guerra com seu irmão Omolu, onde por último ele com um tapa a venceu tirando toda a carga de maldade dela. 
E venceu a maldição dela dada por Oxalá da Bambuzal, onde ela de dia era uma velha e a noite era um linda mulher. 
Ela já casada com omolu, que ela tem muito medo até hoje foi mãe de todos os filhos dele. 
Já como esposa de Omolu ela ajudou um rapaz a fugir da morte. 
Invocando ela ser esposa de Omolu. 
Ele rege o sono da morte. 
Os venenos onde com ele matou os que a perseguia e quem ela não gostava.
Entretanto existe um fato em Ifá Xorokê, é um guerreiro feiticeiro, que não é Ogun e não é Exu. 
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No candomblé é cultuado como Ogun, que seria o Irominã (o Ogun que come com exu e o exu que come com Ogun, que a tradução seria meu nome é fogo) dizem que é um Ogun e um Exu rebaixando, Xorokê é um santo extremamente sagaz e ligado a torturas, desastres de grandes proporções. 
Enquanto Ogun quer ver o inimigo olhos nos olhos o Xorokê não tem isso. 
Ele tem requinte de maldade, gosta de acumular riquezas e bens materiais e é muito vaidoso.
 E só gosta de coisas boas e que custem muito. 
Tem muita ostentação. 
Coisas simples ofende o Xorokê.
 Pune seus filhos com grandes desgraças, daí muitos terem medo deste santo. 
Não aceita que seja questionado em nada. 
Suas cores e azulão e vermelho. 
Ao contrário de Ogun que é verde. 
Pode usar um arpão, adaga, ofa, cabaças. 
Cobre o rosto. 
Em alguns barracões dizem ser ela filha de Obatalá. 
Entretanto em Ifá não achamos amparo para isso.
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—Lydia Cabrera Mythologie Vodou, Piétonville, 1950.
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Fonte de Pesquisa:

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