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Orixá Obá no candomblé.
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Obá, Orixá africano do Rio Obá ou rio Níger, primeira esposa de Xangô, identificada no jogo do merindilogun pelos odu odi, obeogunda e ossá.
Guerreira, veste vermelho e branco, usa escudo, Arco e flecha Ofá.
Obasy é a senhora da sociedade elekoo, porém no Brasil esta sociedade passou a cultuar egungun.
Deste modo, obasy é a senhora da sociedade lesse-orixá.
Obá representa as águas revoltas dos rios.
As pororocas, as águas fortes, o lugar das quedas são considerados domínios de Obá.
Ela também controla o barro, aguá parada, lama, lodo e as enchentes.
Trabalha junto com Nanã.
Representa também o aspecto masculino das mulheres (fisicamente) e a transformação dos alimentos de crus em cozidos.
É também a dona da roda.
Orixá, embora feminina, energética, temida, e forte, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos, vencendo na luta Oxalá, Oyá, Oxumarê, Exú e Orumilá.
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Lenda
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Obá foi a primeira mulher de Xangô.
Ao contrário do que muitos pensam, a lenda de que Obá cortou a orelha por causa da mentira de Oxum está incorreto, na verdade, Obá apenas cortou sua orelha para provar seu amor a Xangô.
Quando manifestada, esconde o defeito com a mão.
Seus símbolos são espada, escudo, ofá e erukere.
Segundo suas lendas, Obá lutou contra inúmeros Orixás, derrotando vários deles.
Obá teria derrotado Exú, Oxumarê, Omolú e Orunmilá, e tornou-se temida por todos os deuses, tendo sido derrotada apenas por Ogun e tornano assim sua esposa e ao lado de Ogun quando este foi enfrentar Xangô em batalha ela se encantou por Xangô e abandonou a luta ao lado de Ogun e se entregou a Xangô como mulher vivendo uma grande paixão.
Obá nunca havia visto alguém como Xangô, ela via nele tudo o que sonhava para si.
Existem algumas versões do grande encontro de Xangô e de Obá, em uma dessas versões ela é a líder de todas as mulheres e a rainha de Elekô, mas em todas, as evidências dizem que o amor entre os dois era desmedido e que nada ofuscava a relação dos dois, da união dos dois nasceu Opará, Orixá confundida com Oxum.
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Obá - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil
Xangô e Obá.
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A união de Xangô e Obá Transcorre um culto nos arredores da cidade, é eleko.
Uma sociedade restrita, onde apenas mulheres realizam o culto.
Que possue como matriarca a temida Obá, a fundadora desta sociedade que cultua a ancestralidade feminina individual.
Nem um homem poderia sequer assistir o ritual do segredo, sendo punido por Obá com sua própria vida. Certo dia, em uma das noites de culto, Xangô caminhava alegremente e dançava ao som do batá.
Quando percebe, ao longe um aglomerado de mulheres, realizando uma cerimônia sob as ordens da enérgica Obá.
Xangô era muito curioso e não se conteve aproximando-se da cena, ficando a espreita.
Xangô encantou-se com a rara beleza de Obá, que apesar de não ser tão jovem era a mais bela mulher que ele já vira.
No momento de distração, Xangô foi percebido e cercado pelas mulheres, foi levado a presença da grande deusa, que lhe falou o preço que haveria de pagar por sua audácia em violar o culto sagrado de Elekó.
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Mas a própria Obá que encantou-se com a inigualável beleza de Xangõ apaixonando-se de imediato, relutou em aplicar a sentença de morte e usou de sua supremacia no culto para ditar nova regras, dando nova chance a Xangô:
"Todo homem, que violar o culto, se for do agrado, da senhora do culto, deverá unir-se a ela como marido ou aceitar a pena de morte" Xangô não pensou duas vezes, seria poupado da sentença e ainda sim possuiria a grande deusa por quem havia se apaixonado.
A cerimônia de união de Xangô e Obá foi realizada dentro dos limites de Elekó.
Foi o inicio de uma grande paixão, nunca se viu tanto amor.
A deusa guerreira e justiceira que pune os homens que maltratam as mulheres, descobriu um sentimento novo por um homem além do ódio.
Descobriu todo o amor que um homem pode dar.
A grande rainha de Elekó, a rainha de Xangô aprendeu a amar e ser amada.
Nasce, dessa grande paixão, uma criança, uma menina, nasce Opará, nasce a mais bela, justiceira e feroz guerreira.
Herdou o melhor do pai e da mãe e prosseguiu com o culto
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Embora, em suas lendas, Obá tenha se transformado em um rio ela também é relacionada ao fogo e é considerada por muitos como o Xangô fêmea.
Obá é saudada como o Orixá do ciúme, mas não se pode esquecer que o ciúme é o coronário inevitável do amor, portanto, Obá é a deusa do Amor e da Paixão incontrolável, com todos os dissabores e sofrimentos que o sentimento pode acarretar.
Obá tem ciúme porque ama.
Obá é a deusa da guerra e do poder, seu culto está relacionado ao rio Obá, as águas em seu culto faz referência ao poder, a força incontrolável das águas.
Seu culto no Brasil é confundido ao de Oyá, alguns chegam a insinuar que elas sejam irmãs, o que é uma inverdade, outros dizem que Obá seria uma Oyá mais velha, o que é mais absurdo ainda.
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Por existir esta confusão, alguns acreditam que Oyá além de ser uma divindade da água e relacionada ao vento, teria ligação com o fogo, mas Oyá não possui ligação com o fogo Obá sim.
Obá quando em fúria transborda, agita-se; Obá é a senhora da sociedade Elekô.
Tudo relacionado a Obá é envolto em um clima de mistérios.
Obá nasceu do ventre rasgado de Iemanjá após o incesto de Orugan.
Obá era cultuada como a grande Deusa protetora do poder feminino, por isso também é saudada como Ìya Agbà e mantém estreitas relações com as Iyá-Mi.
Obá é a Iyámi Egbé, ela é a Iyá Abiku, desta forma é ela a encarregada de enviar ao mundo as crianças que nascem como castigo para seus pais.
O que Xangô representa para os mortos masculinos, Obá representa para as mulheres mortas.
Ela assim como Xangô é a representante suprema da ancestralidade feminina.
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