quinta-feira, 14 de abril de 2011

Xamã

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Doutor xamãnico do Kyzyl
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Que na língua siberiana quer dizer na tradução literal "Aquele que enxerga no escuro"
Xamã (pronuncia-se saman), ou shaman, é um termo de origem tunguska (povo nativo da Sibéria). 
Os tungues meridionais identificam no xamã os portadores de função religiosa, que podem "voar" para outros mundos, entrar em um estado estático e ter acesso e contato com seus aliados (animais, vegetais, minerais), seres de outras dimensões e os espíritos ancestrais.
Xamã é o sacerdote ou sacerdotisa do xamanismo que entra em transe durante rituais xamânicos, manifestando poderes sobrenaturais e invocando espíritos da natureza, chamando-os a si e incorporando-os em si.
 Este contato em êxtase permite a recepção de orientações e ajudas dos espíritos para resolver ou superar situações que desafiem as pessoas e seus grupos sociais.
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Urarina Xamã, 1988.
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Conceituação
A conceituação antropológica de xamã ainda não é consensual. 
Diz-se ser uma espécie de sacerdote, médico, curandeiro, conselheiro e adivinho. 
É um líder espiritual com funções e poderes de natureza ritualística, mágica e religiosa que tem a capacidade de, por meio de êxtase, manter contato com o universo sobrenatural e com as forças da natureza.
Segundo Eliade, desde o início do século XX os etnólogogos se habituaram a utilizar os termos xamã, medicine-man feiticeiro e mago para designar certos indivíduos dotados de prestígio mágico-religioso encontrados em todas as sociedades primitivas e que por extensão aplicou-se a mesma terminologia ao estudo da história religiosa dos povos civilizados .
Ainda segundo esse autor, essa extensão do termo só pode prejudicar a compreensão do fenômeno xamânico que envolve aspectos particulares situados entre a medicina e religião especialmente, nessa última as técnicas do êxtase.
Cabe aqui a observação de Laplantine quanto a pertinência científica da divisão espontânea da etnologia realista. 
Tal pesquisa segundo esse autor não é a adição de duas disciplinas que se apropriam dos campos temáticos, ou seja, dos territórios (no caso antropologia médica e da religião) pré construídos empírica e ideologicamente isolados, mas o esclarecimento sucessivo de um duplo procedimento diferenciados com relação a um mesmo fenômeno. 
É surpreendente constatar, segundo ele que o que um pesquisador considera um ritual religioso será estudado por outro como uma prática médica.
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Fonte de Pesquisa:
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