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Uma estátua de Buda feita por Sarnath, no século IV.
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Sidarta Gautama (em sânscrito सिद्धार्थ गौतम, transl. Siddhārtha Gautama, em páli Siddhāttha Gotama), popularmente dito e escrito simplesmente Buda, foi um ex-príncipe da região nordeste da Ásia Meridional que tornou-se professor espiritual e fundou o Budismo.
Na maioria das tradições budistas ele é considerado como o Supremo Buda (Sammāsambuddha) de nossa era, "Buda" significando "o despertado" ou "o iluminado".
A época de seu nascimento e de sua morte são incertos: a maioria dos primeiros historiadores do século XX datava seu tempo de vida como sendo de por volta de 563 a.C. a 483 a.C.; mais recentemente, contudo, num simpósio especializado nesta questão, a maioria dos estudiosos que apresentaram opiniões definitivas de datas dentro do intervalo de 20 anos antes ou depois de 400 a.C. para a morte do Buda, com outros apoiando datas mais tardias ou mais recentes.
Gautama, também conhecido como ''Śākyamuni ou Shakyamuni ("sábio dos Shakyas"), é a figura chave do Budismo: os budistas creem que os acontecimentos de sua vida, bem como seus discursos, e aconselhamentos monásticos foram preservados depois de sua morte e repassados para outros povos pelos seus seguidores.
Uma variedade de ensinamentos atribuídos a Gautama foram repassados através da tradição oral, e então escritos cerca de 400 anos depois.
Os primeiros estudiosos ocidentais tendiam a aceitar a biografia do Buda apresentada pelas escrituras budistas como verdadeiras, mas hoje em dia "os acadêmicos são cada vez mais relutantes em clamar como inaptos os fatos históricos dos ensinamentos e da vida do Buda.
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Estátua Gandhara de Gautama Buda. Século 2.
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Vida
As fontes primárias de informações sobre a vida de Siddhartha Gautama são os textos budistas.
Segundo estes, Buda e seus monges passavam quatro meses de cada ano discutindo e repetindo os seus ensinamentos e depois de sua morte, seus monges puseram-se a preservá-los.
Um conselho foi realizado logo após sua morte e outro foi realizado um século depois.
Nestes conselhos, os monges tentaram estabelecer e autenticar os relatos existentes da vida e dos ensinamentos de Buda seguindo regras sistemáticas.
Dividiram os ensinamentos em grupos distintos, mas com sobreposição de material, e designaram monges específicos para preservar cada um.
Em alguns casos, os aspectos essenciais dos ensinamentos atribuídos a Buda foram incorporados a histórias e cantos, em um esforço para preservá-los com precisão.
A partir de então, os ensinamentos foram transmitidos oralmente.
Pelas provas internas, parece claro que os mais antigos textos foram cristalizados em sua forma atual à época do segundo concílio, ou pouco depois dele.
As escrituras não foram anotadas até três ou quatro séculos depois da morte de Buda.
Por este ponto, os próprios monges tinham adicionado ou alterado algum material, em particular exaltando a figura de Buda.
Os antigos indianos não eram geralmente preocupados com cronologias, sendo mais focados em filosofia.
Os textos budistas refletem esta tendência, oferecendo uma imagem mais clara do que Shakyamuni pode ter ensinado do que das datas dos eventos em sua vida.
Estes textos contêm descrições da cultura e da vida cotidiana da antiga Índia, que podem ser confirmados a partir das escrituras jainistas e fazer a época da vida de Buda o período mais antigo na História da Índia para que relatos significativos existam.
Segundo Michael Carrithers, há boas razões para duvidar do relato tradicional, embora, de acordo com Carrithers, o esboço de "nascimento, maturidade, renúncia, busca, despertar e libertação, ensino, morte" deve ser verdade.
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Nascimento de Buda em Lumbini. Imagem de uma pintura no Templo Laotian.
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Concepção e nascimento
Siddhartha nasceu em Lumbini e foi criado no pequeno reino ou principado de Kapilvastu, sendo que ambos estão no atual Nepal.
Na época do nascimento de Buda, a área estava na fronteira ou além da civilização védica, a cultura dominante no norte da Índia naquele tempo.
É mesmo possível que a sua língua materna não era uma língua indo-ariana.
Os textos antigos sugerem que Gautama não estava familiarizado com os ensinamentos religiosos dominantes do seu tempo até que partisse em sua busca religiosa, que foi motivada por uma preocupação existencial com a condição humana.
Naquele tempo, uma multidão de pequenas cidades-estado existiam na Índia Antiga, chamadas Janapadas. Repúblicas e chefias com poder político difuso e limitada estratificação social não eram raros e eram chamados de gana-sangas.
A comunidade de Buda não parece ter tido um sistema de castas.
Não era uma monarquia e parece ter sido estruturada ou como uma oligarquia ou como uma forma de república.
A forma mais igualitária de governo das gana-sangas, como uma alternativa política aos reinos fortemente hierarquizados, pode ter influenciado o desenvolvimento de shramanas (monges errantes) jainistas e sanghas budistas onde as monarquias tendiam para o bramanismo védico.
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Príncipe Siddhartha Gautama, Museu Guimet, Paris
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Segundo a biografia tradicional, o pai de Buda foi o rei Suddhodana, líder do clã Shakya, cuja capital era Kapilavastu, e que foi posteriormente anexada pelo crescente reino de Kosala durante a vida de Buda. Gautama era o nome de família.
Sua mãe, rainha Maha Maya (Māyādevī) e esposa de Suddhodana, era uma princesa Koliyan.
Na noite que Sidarta foi concebido, a rainha Maya sonhou que um elefante branco, com seis presas brancas entrou em seu lado direito, e dez meses mais tarde Siddhartha nasceu.
Como era a tradição shakya, quando sua mãe, a rainha Maya, ficou grávida, ela deixou Kapilvastu e foi para o reino de seu pai para dar à luz.
No entanto, ela deu à luz no caminho, em Lumbini, em um jardim debaixo de uma árvore de shorea robusta.
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