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No cristianismo ocidental, as principais fés a se considerarem "Católicas", para além da Igreja Católica Romana, são a a Velha Igreja Católica, a Igreja Católica Liberal, a Associação Patriótica Católica Chinesa, as Igrejas católicas brasileiras dissidentes e alguns elementos anglicanos (os "Anglicanos da Alta Igreja", ou os "anglo-católicos").
Estes grupos têm crenças e praticam rituais religiosos semelhantes aos do catolicismo romano, mas diferem substancialmente destes no que diz respeito ao estatuto, poder e influência do Bispo de Roma.
As Igrejas não-calcedonianas e ortodoxas pensam em si próprias como Igrejas Católicas no sentido de serem a Igreja universal.
A Igreja Católica e as Igrejas ortodoxas acusavam-se mutuamente de cismáticas e heréticas, embora recentemente devido à esforços ecumênicos estas acusações e excomunhões tenham sido retiradas e tenha se chegado a uma aceitação básica das prerrogativas do papa.
Os Patriarcas ortodoxos são hierarcas autocéfalos, o que significa, grosso-modo, que cada um deles é independente da supervisão directa de outro bispo (embora ainda estejam sujeitos ao todo do seu sínodo de bispos).
Não estão em comunhão plena com o Papa.
Mas, nem todas as Igrejas orientais estão fora da comunhão católica.
Existem também os chamados Católicos de rito oriental, cuja liturgia e estrutura hierárquica se assemelham à dos Ortodoxos, e que também permitem a ordenação de homens casados, mas que reconhecem o Papa Romano como chefe da sua igreja.
Estes católicos orientais formam as chamadas Igrejas Orientais Católicas sui juris.
Alguns grupos chamam a si próprios católicos, mas esse qualificativo é questionável: por exemplo, a Igreja Católica Liberal, que se originou como uma dissensão da Velha Igreja Católica mas que incorporou tanta teosofia na sua doutrina que já pouco tem em comum com o catolicismo romano.
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Basílica de São Pedro, no Vaticano
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Catolicismo romano
A principal denominação Católica é denominada no idioma inglês e português de "Igreja Católica Romana" ou "Igreja Católica Apostólica Romana", tal nome provém das quatro características da Igreja, a Unidade, a Santidade, a Catolicidade, e a Apostolicidade (a Romanidade está inclusa na última). Não obstante, em seus documentos oficiais para referir-se a Igreja apenas o termo "Católica" é utilizado. O termo "catolicismo romano" tem origem recente, passou a ser usada no idioma inglês apenas no século XVI , sendo utilizado normalmente em outros línguas a partir do século XIX.
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Vista da Praça de São Pedro do topo da Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano.
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Organização e Cargos da Igreja Católica Romana
Estruturalmente, o catolicismo romano é uma das religiões mais centralizadas do mundo.
O seu chefe, o Papa, governa-a desde a Cidade do Vaticano, um estado independente no centro de Roma, também conhecido na diplomacia internacional como a Santa Sé.
O Papa é seleccionado por um grupo de elite de Cardeais, conhecidos como Príncipes da Igreja.
Só o Papa pode seleccionar e nomear todos os clérigos da Igreja acima do nível de padre.
Todos os membros da hierarquia respondem perante o Papa e a sua corte papal, chamada Cúria.
Os Papas exercem o que é chamado Infalibilidade Papal, isto é, o direito de definir declarações definitivas de ensinamento Católico Romano em matérias de fé e moral.
Na realidade, desde a sua declaração no Concílio do Vaticano I, em 1870, a infalibilidade papal só foi usada uma vez, pelo Papa Pio XII, nos anos 50.
A autoridade do Papa vem da crença de que ele é o sucessor directo de S. Pedro e, como tal, o Vigário de Cristo na Terra. A Igreja tem uma estrutura hierárquica de títulos que são, em ordem descendente:
Papa, o bispo de Roma e também Patriarca do Ocidente.
Os que o assistem e aconselham na liderança da igreja são os Cardeais;
Patriarcas são chefes de algumas Igrejas Católicas Orientais sui juris.
Alguns dos grandes arcebispos Católicos Latinos também são chamados Patriarcas; entre estes contam-se o Arcebispo de Lisboa e o Arcebispo de Veneza;
Bispo (Arcebispo e Bispo Sufragário): são os sucessores directos dos doze apóstolos. Receberam o todo das ordens sacramentais;
Padre (Monsenhor é um título honorário para um padre, que não dá quaisquer poderes sacramentais adicionais): inicialmente não havia Padres per se.
Esta posição evoluiu a partir dos Bispos suburbanos que eram encarregados de distribuir os sacramentos mas não tinham jurisdição completa sobre os fiéis.
Diácono
Existem ainda cargos menores: Leitor e Acólito (desde o Concílio Vaticano Segundo, o cargo de sub-diácono deixou de existir).
As ordens religiosas têm a sua própria hierarquia e títulos.
Estes cargos tomados em conjunto constituem o clero e no rito ocidental só podem ser ocupados, normalmente, por homens solteiros.
No entanto, no rito oriental, os homens casados são admitidos como padres diocesanos, mas não como bispos ou padres monásticos; e em raras ocasiões, permitiu-se que padres casados que se converteram a partir de outros grupos cristãos fossem ordenados no rito ocidental.
No rito ocidental, os homens casados podem ser ordenados diáconos permanentes, mas não podem voltar a casar se a esposa morrer ou se o casamento for anulado.
O Papa é eleito pelo Colégio dos Cardeais de entre os próprios membros do Colégio (o processo de eleição, que tem lugar na Capela Sistina, é chamado Conclave).
Cada Papa continua no cargo até que morra ou até que abdique (o que só aconteceu duas vezes, e nunca desde a Idade Média).
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Fonte de Pesquisa:
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