terça-feira, 5 de abril de 2011

Práticas e Ritual (Wicca)

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Ao que concerne todas as tradições wiccanas, pode-se dizer que as práticas e os rituais são o foco principal da Wicca. A pesquisadora de neopaganismo e Alta Sacerdote Margot Adler, que definiu o ritual como "um método de reintegração de indivíduos e grupos para o cosmos, e um vínculo com as actividades da vida quotidiana com o significado, muitas vezes esquecido, do presente", escreveu que os rituais, celebrações e ritos de passagem da Wicca não são "experiências secas, formais, repetitivas", e sim realizadas com o objetivo de induzir uma experiência religiosa nos participantes, alterando assim sua consciência.
 Adler também notou que, embora existam muitos wiccanos céticos quanto a existência dos deuses, vida após a morte, etc., eles continuam envolvidos com bruxaria sobretudo por conta da experiência de seus rituais, alegando que "Eu amo mitos, sonhos, a arte visionária.
 O Ofício é um lugar onde todas essas coisas se encaixam: beleza, pompa, música, dança, sonhos."
Até mesmo o Alto Sacerdote e historiador Aidan Kelly clamou que as práticas e experiências da Wicca são atualmente mais importantes que suas crenças, dizendo que a Wicca é "uma religião ritualista, e não teológica. O ritual vem primeiro, o mito vem em segundo. 
E acreditar que os mitos do Ofício são 'histórias reais' tal qual o sentido fundamentalista das lendas do Gênesis realmente parece maluquice.
"Por essa razão Adler afirmou que "ironicamente, considerando os muitos pronunciamentos contra a bruxaria como uma ameaça para a razão, a Craft é um dos poucos pontos de vista religiosos totalmente compatível com a ciência moderna, permitindo total ceticismo sobre até mesmo seus próprios métodos, mitos e rituais."
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Ficheiro:Athame.JPG
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O athame, muito utilizado nas tradições wiccanas e que é um símbolo do falo do Deus.
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Existem muitos rituais na Wicca que são usados para celebrar os Sabás, adorar as divindades ou fazer feitiçaria. 
Geralmente são realizados em lua cheia, ou durante a lua nova, que é conhecida como Esbat.
 Nos ritos típicos, o coven ou os bruxos solitários reúnem-se dentro de um círculo mágico. 
Pode ocorrer a evocação dos "Guardiões" dos pontos cardeais, ao lado de seus respectivos elementos clássicos: Ar, Fogo, Água, Terra. Uma vez com o círculo traçado, podem ocorrer um ritual sazonal, orações ao Deus e a Deusa, e/ou feitiços à algum tema em especial.
Estes ritos incluem ferramentas mágicas: como uma faca chamada athame, uma varinha, um pentagrama, um cálice, às vezes um cabo de vassoura, um caldeirão mágico, velas, incensos e uma lâmina curva conhecida como bolline. 
Na maioria das vezes, o altar é obrigatório dentro do círculo, onde todas ou parte das ferramentas citadas são colocadas e, às vezes, junto a representações do Deus e da Deusa.
 Antes de entrar no círculo, algumas tradições se banham. 
Depois de um ritual terminado, os adeptos agradecem os deuses e o círculo é fechado.
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Ficheiro:John William Waterhouse - Magic Circle.JPG
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Círculo Mágico, de John William Waterhouse (1886).
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O círculo mágico é de suma importância para a magia e é considerado um lugar de reunião, de amor, de alegria, de verdade; na Wicca, é um escudo contra o mal e serve também para preservar e conter o poder mágico.
 Síntese ideológica da coincidência dos opostos e o equilíbrio dos contrários, o Círculo Mágico é traçado às vezes com giz, carvão ou mesmo simbolicamente com a vareta, no chão, e pode ser considerado um baluarte que inclui figuras que correspondem ao triângulo, ao quadrado, ao pentágono, ao hexágono.
 Em grandes círculos, o Mago pode incluir os nomes das entidades a serem evocadas, ao passo que nos círculos menores, que correspondem aos quatro pontos cardeais, muitas vezes são postas figuras da Cabala e, no centro, mantras ou signos, cujo valor símbolo devem estar de acordo com a potência evocada.
 O Mago nunca deve sair do Círculo Mágico antes do término da operação e geralmente atua com as costas voltadas para o Oriente.
Um aspecto sensacional da Wicca, especialmente no Gardnerianismo e na Tradição Alexandrina, e que faz parte dos elementos sexuais que são fundamentais na religião, é despir-se e fazer o ritual com todos os membros nus, prática conhecida como skyclad. 
A nudez indica o abandono da persona social "em face de um mistério".
 Outras tradições usam roupas com cordões amarrados na cintura ou até mesmo vestimenta normal. 
Em certas tradições, a magia sexual é realizada sob a forma do Grande Rito, onde o Alto Sacerdote e a Alta Sacerdotisa invocam o Deus e a Deusa, que se apossam deles, antes de realizarem uma real relação sexual a fim de aumentar a energia mágica da feitiçaria.
 Em casos mais comuns, no entanto, essa relação sexual é feita simbolicamente, usando o athame como o falo do Deus e o cálice como a vulva da Deusa.
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Fonte de Pesquisa:
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