terça-feira, 5 de abril de 2011

Oito Festivais (Litha,Lammas,Mabon)

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Litha
21 de Junho (Hemisfério Norte) e 21 de Dezembro (Hemisfério Sul).
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Litha marca o primeiro dia do verão e se situa entre Erelitha e Afterlitha no calendário germânico antigo e um dos oito sabás neopagães. 
O termo é usado especialmente no calendário Asatru.
Ocorre no Hemisfério Sul em 21 de Dezembro e 21 de junho no hemisfério norte.
È o momento quem quer o poder do Sol chega ao seu ápice e as flores, folhagens e gramados encontram-se lindos e abundantemente floridos e verdes.
 Muitos dos círculos de pedra, como o Stonehenge, e dos monumentos pré-célticos estão alinhados com o nascer do Sol
Após a união da Deusa e do Deus em Beltane, O Deus está adulto, um homem formado, e tornou pai - dos grãos. 
Em sua plenitude, ele traz o calor do verão e a promessa total de fertilização com o sucesso do enlace feita com a Deusa.
 Sendo o auge do Deus, também prenuncia o seu declínio, nesse momento o Deus, após cumprir a sua função de fertilizador, dá seu último beijo em sua amada e caminha ao país do Verão (Outro Mundo), utilizando o Barco da Morte para morrer em Samhain. 
Em algumas tradições festeja-se a despedida do reinado do Deus do Carvalho (Senhor do Ano Crescente) e o início do reinado do Deus do Azevinho (Senhor do Ano Decrescente) que durará até Yule. 
Este é o único Sabá em que às vezes se fazem feitiços, pois acredita-se que seu poder mágico é muito grande.
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Costumes de Litha
Há uma infinidade de lendas e ritos que envolvem a noite do Solstício de Verão: 
Um dos costumes mais populares na Europa e Norte da África é a colheita de ervas medicinais e mágicas nesse dia. 
Acredita-se que a plenitude da força do deus está impregnada nessas ervas e contém todo o poder sanador e mágico para a cura de doenças.
 O visco e o basílico, como outras muitas ervas, são colhidos ritualisticamente e usados para preservar a energia nos tempos frios em encantamentos e sortilégios.
Banhos purificadores e curas milagrosas são realizados nas noites mágicas em fontes, rios e cachoeiras. Acredita-se também que tudo aquilo que for sonhado, desejado ou pedido na noite de Litha se tornará realidade.
Os antigos Povos da Europa acreditam que, nessa noite, criaturas mágicas andam correndo pelos campos e florestas e poderiam facilmente ser vistos e contatados.
Nesse dia os amuletos do ano anterior são queimados e novos talismãs de proteção, poções para sonhos proféticos e filtros são feitos para aproveitar o grande momento de poder.
É costume dar continuidade a grande fogueira de Beltane, como também pula-la para se livrar dos infortúnios e da negatividade. Tradicionalmente essa fogueira é acesa com gravetos de abeto e carvalho, duas árvores consideradas mágicas pelos neopagães.
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Datas e festivais relacionados
Solstício de Verão.
Coamhaim.
Feil Seathlain.
La festa Dell´Estate.
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Lammas
1º de Agosto (Hemisfério Norte) e 2 de Fevereiro (Hemisfério Sul).
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Lughnasadh é também conhecido como Lammas (Lê-se "lamas") ou Festival da Primeira Colheita.
 Dia sagrado no paganismo, tendo origem principalmente Celta. 
Celebrado no dia 2 de Fevereiro no hemisfério Sul e no dia 1º de Agosto no hemisfério Norte.
Lughnasad= pronuncia-se Lunasá.
Lammas= pronuncia-se Lamas.
É importante lembrar que os Sabás não são originários da Wicca. 
São comemorações muitos mais antigas do que essa religião que apareceu por meados da década de 50, que agregou essas, e outras características a sua doutrina.
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Simbolismo
Esse sabá, que ocorre entre o Solstício de Verão (Litha) e o Equinócio de Outono (Mabon), festa da primeira colheita, uma época de agradecimento aos Deuses por tudo o que colhemos.
 Agradece-se ao que foi bom e também ao que pareceu ruim, pois na religião Wicca crê-se que tudo o que acontece na vida faz parte no caminho evolutivo de cada um.
O nome Lughnasadh veio duma festa agrícola típica dos Céltico.
 Uma festa da colheita em honra ao deus céltico do Sol: Lugh (o maior guerreiro dentre os celtas, pois derrotou os gigantes que exigiam sacrifícios humanos).
Já o nome Lammas significa "Missão do Pão (loaf Mass)", que representa o alimento (geralmente pão ou bolo ou qualquer outra massa) feito com os grãos, que representam a colheita, e repartido (como alimento sagrado) entre os membros do coven ou da família ou mesmo entre amigos.
 Este nome vem do costume medieval de levar os primeiros pães (bolos, etc) para uma celebração.
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Costumes e Tradições
Além da tradicional "Massa de Lugh", segundo a tradição da religião Wicca, nessa época são feitos bonecos de palha (de milho ou trigo) representando os Deuses, chamados de Senhor e Senhora do Milho. 
Esses bonecos são tidos como amuletos de proteção durante todo o ano, até o próximo Lammas, onde são queimadas na fogueira ou no caldeirão.
Na fogueira, os bonecos de milho do ano passado, juntamente com papéis contendo agradecimentos aos Deuses, são queimados; isso ocorre como uma maneira de lembrar aos wiccanos de que devemos queimar o passado e utilizá-lo como combustível para o nosso futuro.
As noites já começaram a ficar mais longas, desde o Solstício de Verão; aproximando-se a época da partida do Deus para a Terra do Verão, deixando a sua própria semente no ventre da Deusa, de onde renascerá (mantendo o eterno ciclo do nascer-morrer-renascer).
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Correspondências
Em cada um dos 8 sabás da Roda do Ano na religião Wicca existem correspondências específicas para a composição dos rituais baseadas nos simbolismos de cada época.
Plantas e frutos: Flores da acácia, aloés, olíbano, nozes, cerejas, arroz, cevada, urze, murta, girassol, milho, aveia, trigo, amoras, maçãs, além de todos os grãos e frutos maduros da estação.
Comidas típicas: Pães caseiros, bolos de cevada, cordeiro assado, além de tortas e outros pratos feitos a partir dos frutos da estação.
Bebidas típicas: Vinhos, cervejas, chás e sidras, além de sucos e outras bebidas preparadas a partir dos frutos da estação.
Incensos: acácia, aloé, olíbano, rosa e sândalo.
Cores: laranja e amarela.
Pedras: aventurina, citrino, peridoto e sardônia.
Deuses geralmente representados: Lugh, Baco, Apolo, Rá, Ceres, Deméter, Mani, Urihi, Kupeirup, Iaçá, Danu, Gaia, Pele, Brigid, Uzume, e os demais deuses e deusas da colheita, fartura e proteção.
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Toque Brasileiro
Grande parte dos wiccanos brasileiros prefere utilizar simbolismos mais próximos à cultura do Brasil, principalmente os simbolismos da cultura indígena (que são considerados os mais ‘originais’ dos brasileiros).
Nesse sabá, podemos citar a Deusa indígena Mani. 
Segundo a lenda, a filha do chefe de uma tribo apareceu grávida, porém ela jurava não ter se deitado com homem algum. 
O pai, seguindo a tradição, mata-la-ia; entretanto, na noite anterior ao ato, um espírito dos Antigos Anciãos da sua tribo veio-lhe em sonho e disse-lhe que a criança possuiria uma grande magia e que não deveria ser morta.
Quando a criança nasceu, sua pele era tão branca que mais parecia a própria lua a brilhar. 
Já nasceu sabendo falar, no segundo dia de vida, aprendeu a andar. 
Após um ano, aconselhando a tribo com as sábias palavras de uma Deusa, Mani morreu. 
Segundo a tradição, foi enterrada na oca de sua mãe, que a regava todos os dias.
Dentro de algum tempo, uma planta nasceu naquele lugar, uma planta cujas raízes escuras eram tão grandes que chegaram a sair do chão. 
Entretanto, o interior da raiz era tão branco quanto a alva pele de Mani; assim a planta ficou conhecida como Mandioca, que quer dizer, a Oca (casa) de Mani.
Por isso, em honra a Deusa Mani, também é muito comum no Brasil a valorização da mandioca e de outras plantas típicas no ritual de Lughnasad: a Festa da Colheita.
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Ficheiro:Cornucopia (PSF).png
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Mabon
21 de Setembro (Hemisfério Norte) e 21 de Março (Hemisfério Sul).
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Mabon (pronuncia-se Mêibon) é também conhecido como Equinócio de Outono ou Lar da Colheita ou Festival da Segunda Colheita. 
Dia sagrado no paganismo, em especial na religião Wicca. 
Celebrado no dia do equinócio de outono, que corresponde a aproximadamente dia 20 de março no hemisfério Sul e no dia 22 de setembro no hemisfério Norte (as datas dos equinócios podem apresentar uma variação de até 3 dias de acordo com o ano).
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Simbolismo
Esse sabbat (Sabá no Brasil), que ocorre entre o Primeiro festival da colheita (Lughnasadh) e o Ano novo pagão (Samhain), marca o início do outono, dia santo pagão de descanso da colheita e comemoração, uma época de agradecimento aos Deuses por tudo o que foi colhido e caçado. 
É uma época de equilíbrio, onde o dia e a noite têm a mesma duração.
Este é o dia de ação de graças do paganismo. 
Data onde os pagãos honram o Deus em seu aspecto de semente e a Grande Mãe em seu aspecto de Provedora.
O nome Mabon veio de um deus Celtas (também conhecido como Angus), o Deus do Amor. 
Esta é a ocasião ideal para pedirmos por todos aqueles que amamos, além de todos os que estão doentes ou velhos.
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Costumes e tradições
É tradição reunir os amigos para um jantar, a fim de celebrar a fartura e comemorar as conquistas.
Também é costume retirar um tempo para dar uma atenção à sua casa, como consertar objetos estragados, restabelecer os estoques ou simplesmente fazer uma faxina. 
É comum em algumas tradições realizar uma bênção na casa no dia de Mabon.
As noites já começaram a ficar mais longas, desde o Solstício de Verão; aproxima-se a época da partida do Deus para a Terra do Verão, deixando a sua própria semente no ventre da Deusa, de onde renascerá (mantendo o eterno ciclo do nascer-morrer-renascer).
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Correspondências
Em cada um dos oito sabbats da Roda do Ano na religião Wicca existem correspondências específicas para a composição dos rituais baseadas nos simbolismos de cada época.
Plantas e frutos: Flores de acácia, benjoim, madressilva, malmequer, mirra, folhas e cascas de carvalho.
Comidas típicas: Maçãs, nozes, castanhas, amêndoas, milho, amoras pretas, jabuticabas, cravo, além de pães, tortas e outros pratos feitos a partir dos frutos da estação.
Bebidas típicas: Vinhos, cervejas, sidras, além de sucos e outras bebidas preparadas a partir dos frutos da estação (em especial a maçã).
Incensos: cravo, patchouli, mirra, maçã, benjoim e sálvia.
Cores: marrom, verde, laranja e amarela. (Cores outonais no geral).
Pedras: cornalina, lápis-lázuli, safira e ágata amarela.
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Fonte de Pesquisa:
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