segunda-feira, 4 de abril de 2011

História (Wicca)

Ficheiro:Witches.jpg
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Goya, O Grande Bode (1821-1823). 
O Culto Bruxo afirma que essas histórias são baseadas em um antigo culto pagão que reverenciava um deus cornífero, mas não o Satã.
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Origem e crescimento, 1921-1959
Desde meados do século XX, a Bruxaria tornou-se a autodesignação de uma sucursal do neopaganismo, especialmente na tradição Wicca, cujo pioneiro foi Gerald Gardner, que alega resgatar uma antiga tradição religiosa da bruxaria com raízes pré-cristãs (alguns wiccanos dizem que é a mais antiga religião do mundo).
Na década de 1920 e na década de 1930, a egiptóloga Dr. Margaret Murray publicou diversos livros influentes detalhando suas teorias de que as bruxas e bruxos caçados durante a Idade Média não eram, como alegavam seus perseguidores cristãos, adeptas do Satanismo, mas simpatizantes de uma religião pagã pré-cristã que adorava um deus cornífero — o Culto Bruxo.Antes de Murray, nomes como Girolamo Tartarotti, Matilda Joslyn Gage, Jacob Grimm, Karl Pearson, Jules Michelet e Charles Leland já escreviam linhas ou livros inteiros sobre o contraste entre as duas religiões na Idade Média e Renascimento.Embora nos dias de hoje a pesquisa histórica aprofundada tenha desacreditado de Murray, suas teorias foram amplamente aceitas e apoiadas na época.
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Nos anos 30, apareceu a primeira evidência de uma prática pagã de religião de bruxaria (o que hoje é reconhecida como Wicca) na Inglaterra. 
Diversos grupos em todo o país, em lugares como Norfolk, e Cheshire se autoproclamaram continuadores da tradição do Culto Bruxo de Murray, embora estivessem abertos a influências de diversas outras fontes, tais como a Magia Cerimonial, a Maçonaria, a Teosofia, o Romantismo, o Druidismo, a mitologia clássica e as religiões asiáticas.
A Bruxaria tornou-se mais proeminente, contudo, na década de 1950 com a revogação da Lei de Feitiçaria de 1735, da qual diversas figuras, como Charles Cardell, Cecil Williamson e notavelmente Gerald Gardner, começaram a propagar suas próprias versões do ofício. 
Gardner foi iniciado na New Forest coven em 1939, antes de formar sua própria tradição, mais tarde chamada Gardnerianismo. 
Sua tradição, auxiliada por sua Alta Sacerdotiza Doreen Valiente e com a publicação de seus livros.
 A Bruxaria Hoje (1954) e O Sentido da Bruxaria (1959), logo se tornou a tradição dominante no país, e se espalhou para outras regiões das Ilhas Britânicas.
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Adeptos seguram vassouras representando o pentagrama em evento wiccano nos Estados Unidos, 2009.
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Adaptação e propagação, 1960-atual
Com a morte de Gardner em 1964, o Ofício continuou a crescer inabalável apesar do sensacionalismo e das opiniões negativas publicadas pelos tablóides britânicos, com novas tradições propagadas por figuras como Robert Cochrane, Sybil Leek e Alex Sanders, criador da Tradição Alexandrina, que, baseada no Garderianismo, embora com uma ênfase na magia cerimonial, espalhou-se rapidamente e ganhou muita atenção da mídia. 
Nesta época, o termo "Wicca" começou a ser adotado ao lado de "Bruxaria" e suas crenças e tradições exportadas para países como Austrália e os Estados Unidos.
Foi nos Estados Unidos e na Austrália que novas tradições da Wicca surgiram, muitas vezes baseada em folk regionais e às vezes misturadas com a estrutura básica da Wicca de Gardner, gerando diversas formas de Wicca como o Dianismo de Zsuzsanna Budapest, cada uma delas enfatizando diferentes aspectos do ofício. Na década de 1970, a literatura Wicca também cresceu, e muitos livros ensinando pessoas a se tornarem bruxos sem iniciações formais começaram a ser publicados em grandes quantidades pelo mundo, como o Mastering Witchcraft (1970) de Paul Huson, um manual "faça você mesmo" que se tornou muito famoso e influenciou novos bruxos. 
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Livros da mesma ordem continuaram a serem publicados através dos anos 80 e anos 90, com a autoria de nomes como Doreen Valiente, Janet Farrar, Stewart Farrar e Scott Cunningham, que popularizou a idéia de auto-iniciação ao Ofício com seu Wicca: Um Guia Para o Praticante Solitário (1988).
Nos anos 90, as poucas mas pioneiras comunidades wiccanas no Brasil procuravam se solidificar em grandes centros como São Paulo e fazer conexões com associações européias a fim de regulamentar a religião Wicca no país. 
A partir de então, a Wicca e a Bruxaria em geral têm crescido expressivamente no Brasil, especialmente em Brasília e São Paulo, nos dias de hoje.
O primeiro livro traduzido do inglês para o português trazendo o termo wiccaniano(a) foi Wicca: A Feitiçaria Moderna, de Gerina Dunwich. 
Posteriormente, outros livros traduzidos passaram a apresentar o termo "wiccano" como uma alternativa para a palavra inglesa "wiccan", termo usual para designar um adepto da religião em questão naquele idioma. 
Na década de 90, onde cada vez mais a Bruxaria ganhava novos adeptos, surgiram filmes como Jovens Bruxas (1996), dirigido por Andrew Fleming, e seriados como Charmed (1998-2006), introduzindo aos jovens uma idéia de religião bruxa.
 Mas, criticando a forma como a Wicca veio sendo encarada desde então, como moda, como ecletismo, e sendo engajada em movimentos como a Nova Era, muitos bruxos, notavelmente Andrew Chumbley, voltaram-se para a antiga tradição de Gardner, como uma forma de "levar a sério" o Ofício.
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Etimologia
O termo "Wicca" foi primeiramente aceito nas décadas de 1960 e 70 como parte da religião Wicca da época. 
Antes disso, o termo "Witchcraft" era utilizado de forma mais histórica e ampla. 
Apesar de baseada na palavra wiccian do inglês antigo, que se referia apenas e exclusivamente aos feiticeiros (sendo wicce utilizada para se referir às feiticeiras do sexo feminino), o indivíduo real que cunhou o termo "Wicca" é desconhecido, embora especula-se que tenha sido Charles Cardell, muito certamente na década de 1950. 
Gardner usava a palavra wiccian com o sentido de "jogar com a sorte".
 Nos dias de hoje, trata-se o praticante da religião através da sua linhagem tradicional. 
Assim, ao invés de dizer que alguém é Bruxo ou Wiccano ou Wiccaniano ou Wiccan, trata-se o praticante da religião como Gardneriano, Xandrino, Georgino, etc. para que estas situações se resolvam por vez.
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Fonte de Pesquisa:
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