sexta-feira, 15 de abril de 2011

Caminho do Meio (Budismo)

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Um importante princípio orientador da prática budista é o Caminho do Meio, que se diz ter sido descoberto pelo Buda, antes de sua iluminação.
 O Caminho do Meio tem várias definições:
a prática de não-extremismo: um caminho de moderação e distância entre a autoindulgência e a morte;
o meio-termo entre determinadas visões metafísicas;
uma explicação do nirvana (perfeita iluminação), um estado no qual fica claro que todas as dualidades aparentes no mundo são ilusórias;
outros termos para o sunyata, a última natureza de todos os fenômenos (na escola Maaiana).
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A forma como as coisas são
Estudiosos budistas têm produzido uma quantidade notável de teorias intelectuais, filosóficas e conceitos de visão do mundo (por exemplo: filosofia budista, abhidharma e a realidade no budismo. 
Algumas escolas do budismo desencorajam estudos doutrinários, algumas os consideram como essenciais, pelo menos para algumas pessoas em algumas fases do budismo.
Nos primeiros ensinamentos budistas, de certa forma, compartilhado por todas as escolas existentes, o conceito de libertação (nirvana) está intimamente ligado com a correta compreensão de como a mente lida com o estresse. 
Ao termos conhecimento sobre o apego, um sentimento de desapego é gerado e se é liberado do sofrimento (dukkha) e do ciclo de renascimento (samsara).
 Para esse efeito, o Buda recomendou ver as coisas através das três marcas da existência.
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Debate entre monges do Sera Monastery, no Tibet.
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Impermanência, sofrimento e não-eu
Anicca é uma das três marcas da existência. 
O termo exprime o conceito budista de que todas as coisas são compostas ou fenômenos condicionados, sendo estes, inconstantes, instáveis e impermanentes. 
Tudo o que podemos experimentar através dos nossos sentidos é composto de peças e sua existência depende de condições externas. 
Tudo está em fluxo constante e, assim, as condições e coisas em si estão mudando constantemente. 
As coisas estão vindo constantemente a ser e deixar de ser. 
Como nada dura, não há nenhuma natureza inerente ou fixada em qualquer objeto ou experiência.
Segundo a doutrina da impermanência, a vida humana incorpora esse fluxo no processo de envelhecimento, no ciclo de renascimento e em qualquer existência de perda. 
A doutrina afirma ainda que, pelo fato de as coisas serem impermanentes, o apego a elas é inútil e leva ao sofrimento (dukkha).
Dukkha ou sofrimento (pāli दुक्ख; sanskrit दुःख duḥkha) é um dos conceitos centrais do budismo. 
A palavra pode ser traduzida de diversas maneiras, incluindo sofrimento, dor, insatisfação, tristeza, angústia, ansiedade, desconforto, estresse, infelicidade e frustração, por exemplo. 
Apesar disso, dukkha é traduzido, muitas vezes, como "sofrimento", o seu significado filosófico é mais semelhante a "inquietação", como na condição de ser perturbado. 
Devido a isso, algumas literaturas preferem não traduzir o verbete, como é o caso do inglês, com o objetivo de englobar em uma palavra todos os significados.
Anatta, ou anatman, refere-se à noção da inexistência de um "eu". 
Após uma análise cuidadosa, verifica-se que nenhum fenômeno é realmente "eu" ou "meu", estes conceitos são, na realidade, construídos pela mente. 
O nikayas, no anatta, não é entendido como uma afirmação metafísica, mas como uma aproximação para ganhar sofrimento. 
O Buda rejeitou ambos os conceitos, afirmando que eles nos ligam ao sofrimento.

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