quinta-feira, 31 de março de 2011

Oyá = Iansã

Ficheiro:Oya. Yansãn. Oyamensãnorun.JPG
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Oyá candomblé.
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África
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Na Mitologia Yoruba, o nome Oyá provém do rio de mesmo nome na Nigéria, onde seu culto é realizado, atualmente chamado de rio Níger. 
É uma divindade das águas como Oxum e Iemanjá, mas també é relacionada ao elemento ar, sendo uma das divindades que controla os ventos. 
Costuma ser reverenciada antes de Xangô, como o vento personificado que precede a tempestade que é uma das representações do Deus do Fogo. 
Assim como a Deusa Obá, Oyá também está relacionada ao culto dos mortos, onde recebeu de Xangô a incumbência de guiá-los a um dos nove céus de acordo com suas ações, para assumir tal cargo recebeu do feiticeiro Oxóssi uma espécie de erukê especial chamado de Eruexim com o qual estaria protegida dos Eguns. 
O nome Iansã trata-se de um título que Oyá recebeu de Xangô que faz referência ao entardecer, Iansã=A mãe do céu rosado ou A mãe do entardecer. 
Era como ele a chamava pois dizia que ela era radiante como o entardecer. 
Os africanos costumam saudá-la antes das tempestades pedindo a ela que apazigue o Xangô o Deus das Tempestades pedindo a ele clemência.
Oferendas: àkàrà ou acarajé, ekuru e abará.
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Ficheiro:Oya candomble2.jpg
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Brasil
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Os devotos costumam lhe oferecer sua comida favorita, o àkàrà (acarajé), ekuru e abará.
No candomblé a cor utilizada para representá-la é o vermelho Na umbanda sua cor é o Coral. No Brasil houve uma grande distorção com relação as suas regências e origens. 
Iansã ou Oyá, como é também chamada no Brasil, é uma divindade da Mitologia Yoruba associada aos vento e as águas, sendo mulher de Xangô, o senhor dos raios e tempestades.
É saudada como "Iya mesan lorun", título referente a incumbência recebida como guia dos mortos. 
Iansã é associada a sensualidade, dos Orixás femininos é uma das mais guerreira e imponente.
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Qualidades de Oya
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Oya igbale
1.  Oyà Gbale Funán
2 . Oyà Gbale Fure
3.  Oyà Gbale Guere
4 . Oyà Gbale Toningbe
5.  Oyà Gbale Fakarebo
6.  Oyà Gbale De
7.  Oyà Gbale Min
8.  Oyà Gbale Lario
9.  Oyà Gbale Adagangbará
10. Oya Kala
11. Oya Akolasun
12. Oya Basun
13.Oya Pada
14. Oya Funan
15.Oya Sonan
16.Oya Jebe
17. Oya Tanan
18. Oya Nita
19. Oya Oníra
20. Oyà Biniká
21. Oyà Seno
22. Oyà Abomi
23. Oyà Gunán
24. Oyà Bagán
25. Oyà Kodun
26.Oya Maganbelle
27.Oyà Bagbure
28.Oyà Tope
29. Oyà Egunità
30. Oyà Sayò
31. Oyá LogunEré
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Símbolos
Saudação: Epa - hei,Oia!
Dia: Quarta-feira.
Cores: Marrom, vermelho, rosa , brancoe [coral]
Símbolos: irukerê, espada de cobre.
Proibições: Abóbora, arraia e carneiro.
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Sete folhas mais usadas para Oya
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Ewê inãn
Botujé
Ewê diji
Okpá orô
Ewê mensã
Tanaposó
Akoko
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Arquétipo
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Segundo a mitologia, os filhos de Iansã são pessoas agitadas. 
Diretos no que querem, não escondem sentimentos de ninguém. 
Uma grande ofensa a Oiá é a agressão, de qualquer espécie, aos seus filhos. 
O agressor terá um adversário até à morte.
Os filhos de Iansã são pessoas propensas a dar grandes guinadas em suas próprias vidas, a qualquer momento, sem se importarem com ninguém. 
Não gostam de se prender a ninguém pois são livres como o vento.
Suas filhas, ou mulheres que tenham Iansã póximo de si (como madrinha por exemplo ou "mãe") aqui na Terra, são mulheres sensuais, ousadas, falam o que pensam e sofrem muito, seja por qualquer motivo, especialmente no amor. 
São mulheres que batalham, trabalham incansavelmente, são guerreiras, lutam como peões. 
Geralmente esas mulheres cuidam de tudo sozinha, até dos filhos.
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Ficheiro:Acentos de Oya mensan Orum.JPG
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Acentos de Oya igbale candomblé.
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Lenda
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Estavam todos os orixás, divindades do panteão Yoruba, reunidos em uma grande festa até que chegou Omolú. 
Durante todo o tempo, Omolú ficou num canto sem dançar.
Iansã, inquieta com tal situação, aproximou-se do senhor, que usava uma roupa de palha cobrindo o rosto (e que deixava Inhansã mais intrigada ainda) e o convidou para dançar. 
Iansã dançou tão rápido que vento proporcionado por seus giros levantou a roupa de Omolú que, para surpresa de todos, era um homem de extrema beleza.
O reconhecimento e admiração de todos por Omolú o deixou muito feliz, pois anteriormente era muito desprezado.
 Por gratidão a Iansã, Omolú ofertou-lhe parte de seu poder, dando a Iansã a capacidade de conduzir os eguns dançando com seu irukerê.
 E Iansã tornou-se assim mais poderosa e adorada.
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Itan Oyá
Oya o, Oya alágbara Oh, Oya, a poderosa.
Oya a dan bina láàrin òrù, aláse biribiri Oya que brilha como fogo durante a madrugada e que possui intensa força
Oya o, Oya aláse Oh, Oya, que possui o axé.
Oya, olòre mi à jí ki, Oya, a minha benfeitora a ser louvada pela manhã.
A towo efòn gbe. Oya, que tem a força para carregar o chifre do búfalo.
Oya o, Oya aláse Oya, oh, Oya, aquela que possui axé.
Oya, tó gesin Ogún w'òlú Oya, que entrou na cidade montada num cavalo de guerra.
Oya alágbara, Oya, a poderosa.
Oya, à rèmo rè lékùn owó, Oya, que tranqüiliza os filhos, dando-lhes dinheiro.
Oya, à rèmo rè lékùn àláfíà Oya, que tranqüiliza os filhos dando-lhes àláfíà.
Oya o, Oya aláse, Oya Oh Oya, que possui o axé, Oya.
Oya alágbara inú aféfé. Oya, a poderosa que vive no vento.
Oya o Oh, Oya.
Oya alágbara obìnrín Ogun, Oya, a mulher guerreira e poderosa, esposa de Ogun
Egun dúdú orí odò Oya, orixá poderoso, sentada no pilão.
Oya a bá ní sòrò má tan ní je Oya, que fala conosco sem nos enganar.
Oya o, Oya aláse Oya, oh, Oya, aquela que possui o axé.
Oya a birun lórí bí adé e, Oya, cuja trança é bonita como uma coroa.
Oya o Oh, Oya.
Oya aláse, Oya Oya, que possui o axé, Oya.
Oya to wo èwù ilikè. Oya, que veste roupa feita de contas preciosas.
Oya o Oh, Oya.
Oya aláse, Oya Oya, aquela que possui o axé, Oya.
(A Mitologia dos Orixás Africanos, Síkírù Sàlámì - King)
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Ficheiro:Qualtel dos Bombeiros. Salvador..JPG
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Quartel do Corpo de Bombeiros Militar do Estado da Bahia, Salvador, Bahia.
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Cultura afro-brasileira
Em Salvador, Oyá ou Iansã é sincretizada com Santa Bárbara que é madrinha do Corpo de Bombeiros e padroeira dos mercados, é homenageada no dia 4 de dezembro na Festa de Santa Bárbara da Igreja Católica, é um grande evento sincrético, composto de missa, procissão feita por católicos e praticantes do Candomblé, além das festas nos terreiros, o caruru de Iansã, samba de roda e apresentação de grupos de capoeira e maculelê.
Segundo a liturgia católica, Santa Bárbara era uma adolescente de 15 anos muito bela e cheia de personalidade. 
Quando viajava, seu pai a trancava na torre para que ela não arranjasse pretendentes, pois queria ganhar um belo dote casando-a com um homem rico.
No candomblé, ela é Iansã, divindade dos ventos, raios e tempestades. 
Segundo as lendas yorubanas, Iansã foi mulher de Ogum. 
Ela o abandonou para viver com Xangô, divindade dos trovões e da justiça.
O filme O Pagador de Promessas, um drama escrito e dirigido por Anselmo Duarte e baseado em história de Dias Gomes, foi filmado inteiramente na porta da Igreja de Santa Bárbara em Salvador, Bahia.
Em 4 de dezembro de 2008 Os festejos em homenagem a Santa Bárbara começaram às cinco horas, com queima de fogos de artifício, na alvorada, em frente à Igreja do Rosário dos Pretos, onde, às sete horas, houve uma missa. 
Após as bênçãos, uma procissão percorreu as ruas do Centro Histórico de Salvador. 
O cortejo prosseguiu até o Corpo de Bombeiros, cuja corporação tem a santa como padroeira. 
A imagem da santa entrou na sede dos bombeiros, sendo saudada com fogos, sirene e jatos de água, deu uma volta no pátio e saiu em direção ao Mercado de Santa Bárbara, onde foi servido o tradicional caruru para os fiéis.
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Cuba
Oyá é sincretizada na Santeria cubana com imagens Católicas de Nossa Senhora da Candelária ou Nossa Senhora da Anunciação e Santa Theresa.
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Fonte de Pesquisa:

Osanyin

Ficheiro:2008 agboro e yagba 120.JPG
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Orixa Osanyin candomblé.
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África
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Osanyin é a entidade das folhas sagradas, ervas medicinais e litúrgicas, identificado no jogo do merindilogun pelo odu iká e representado materialmente e imaterial pela cultura Jeje-Nago, através do assentamento sagrado denominado igba ossaim. 
Sua importância é primordial. 
Nenhuma cerimônia pode ser realizada sem sua interferência. 
O seu sacerdote é o Babá Olosayin.
É o detentor do axé (força, poder, vitalidade), de que nem mesmo os Orixás podem privar-se. 
Esse axé encontra-se em folhas e ervas específicas. 
O nome dessas folhas e o seu emprego é a parte mais secreta do ritual do culto dos Orixá, Vodun e Inkice.
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Ficheiro:Ossain2.jpg
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Ferramenta de Osanyin
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O símbolo de Osanyin é uma haste de ferro de cuja extremidade superior partem sete pontas dirigidas para o alto. 
A do centro é encimada pela imagem de um pássaro.
Osanyin é o companheiro constante de Ifá. 
É representado por uma sineta de ferro forjado, terminada por uma haste pontuda enfiada em uma grande semente. 
A haste é fincada no chão, ao lado do osun (o asen dos fon) do babalawo. 
Por sua presença, Osanyin traz a influência das folhas para as operações da adivinhação.
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Ficheiro:Ossaniyn.jpg
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Osanyin - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil
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Brasil
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Ossaniyn, Ossaim, Ossãe, Ossain (como se escreve habitualmente), ou Ossanha (na Umbanda) que é o Orixá das ervas, no candomblé Jeje é chamado de Agué é o Vodun da caça e das florestas e conhece os segredos das folhas, no Candomblé Bantu é chamado de Katendê, Senhor das insabas (folhas). 
Seria de ambos os sexos assim como Oxumarê, segundo alguns pesquisadores 6 meses seria homem e 6 meses seria mulher. 
Ossaniyn, Oxumarê e Obaluayê são filhos de Nanã com Oxalá.
Comanda as folhas medicinais e litúrgicas, chamadas de folha sagrada, que são utilizadas numa mistura especial chamada de abô. 
Muitas vezes, é representado com uma única perna. 
Cada orixá tem a sua folha, mas só Ossaim detém seus segredos. 
E sem as folhas e seus segredos não há axé, portanto sem ela nenhuma cerimônia é possível.
Ferramenta: sua ferramenta tem uma haste central com um pássaro na ponta, do meio dessa haste saem sete pontas.
Cores: Verde e branco
Fio-de-contas verde, branco com lista vermelha.
Animais: Bode e galo
Saudação: Ewê ô!
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Itan de Osanyin
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Osanyin recebera de Olodumare o segredo das folhas. 
Ossanyin sabia que algumas delas traziam a calma ou o vigor. 
Outras, a sorte, a glória, as honras ou ainda, a miséria, as doenças e os acidente. 
Os outros orixás não tinham poder sobre nenhuma planta. 
Eles dependiam de Ossanyin para manter sua saúde ou para o sucesso de suas iniciativas.
Xangô, cujo temperamento é impaciente, guerreiro e impetuoso, irritado por esta desvantagem, usou de um ardil para tentar usurpar Osanyin a propriedade das folhas. 
Falou dos planos à sua esposa Iansã, explicou-lhe que, em certos dias, Osanyin pendurava, num galho de Iroko, uma cabaça contendo suas folhas mais poderosas.
 --Desencadeie uma tempestade bem forte num desses dias, disse-lhe Xangô. 
Iansã aceitou a missão com muito gosto.
O vento soprou a grandes rajadas, levando o telhado das casas, arrancando árvores, quebrando tudo por onde passava e, o fim desejado, soltando a cabaça do galho onde estava pendurada. 
A cabaça rolou para longe e todas as folhas voaram.
Os orixás se apoderaram de todas. 
Cada um tornou-se dono de algumas delas, mas Osanyin permaneceu "senhor/senhora do segredo" de suas virtudes e das palavras que devem ser pronunciadas para provocar sua ação. 
E assim, continuou a reinar sobre as plantas como senhor absoluto. 
Graças ao poder (axé) que possui sobre elas.
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Arquétipo
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É difícil encontrar um filho/filha de Ossaim. 
Seus filhos(as) são pessoas engraçadas, risonhas, alegres e obstinadas. 
Quando querem, vão e fazem. 
Podem se tornar violentos e perigosos se estão insatisfeitos ou raivosos. 
Sabem conquistar as pessoas e adoram aventuras amorosas. 
São pacientes quando amam e fazem de tudo para a relação durar. 
Trabalham demais para conseguir estabilidade e independência.
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Fonte de Pesquisa:

Oxumarê

Ficheiro:Dan, dangbe, Oxumare1..JPG
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Dan, Dagbe, Oxumare candomblé.
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Òxùmàrè na África
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É a cobra-arco-íris em nagô, é a mobilidade, a atividade, uma de suas funções é a de dirigir as forças que dirigem o movimento. 
Ele é o senhor de tudo que é alongado.
 O cordão umbilical que está sob o seu controle, é enterrado, geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.
Ele representa também a riqueza e a fortuna, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos iorubás.
 Em alguns pontos se confunde com o Vodun Dan da região dos Mahi.
É o símbolo da continuidade e da permanência, algumas vezes, é representado por uma serpente que morde a própria cauda. 
Oxumarê é um orixá completamente masculino, porém algumas pessoas acreditam que ele seja macho e fêmea, porém o orixá feminino que se iguala a Oxumarê é Ewá sua irmã gêmea que tem dominios parecidos com o dele.
 Enrola-se em volta da terra para impedí-la de se desagregar. 
Rege o príncipio da multiplicidade da vida, transcurso de múltiplos e variados destinos.
De múltiplas funções, diz-se que é um servidor de Xangô, que seria encarregado de levar as águas da chuva de volta para as nuvens através do arco-íris.
É o segundo filho de Nanã, irmão de Osanyin, Ewá e Obaluayê, que são vinculados ao mistério da morte e do renascimento. 
Seus filhos usam colares de búzios entrelaçados formando as escamas de uma serpente que tem o nome de Brajá, usam também o Lagdigbá como Nanã e Omolu.
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Ficheiro:Oxumare.jpg
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Oxumare - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil.
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Oxumarê no Brasil
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No Brasil, as pessoas dedicadas a Oxumarê usam colares (fio-de-contas) de missangas ou contas de vidro amarelas e verdes; a terça-feira é o dia da semana que lhe é consagrado. 
Seus iniciados usam Brajá - longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de serpente, e trazem à mão um ibiri, espécie de vassoura feita com nervuras das folhas de palmeiras. 
Quando dançam levam nas mãos pequenas serpentes de metal, apontam o dedo indicador para o céu e para a terra, num movimento alternado. 
A Suas oferendas são feitas de patos, feijão, milho e camarões cozidos no azeite de dendê
Na Bahia, Oxumarê é sincretizado com São Bartolomeu e festejado no dia 24 de agosto.
Certa lenda conta que ele era, outrora, um (Babalawo) adivinho, "filho de proprietário-da-estola-de-cores-brilhantes". 
Em outra lenda o mesmo tema aparece: "Este mesmo Babalawo Oxumarê vivia explorado por Olofin-Odudúa, o rei de Ifé, seu principal cliente". 
Oxumarê consultava-lhe a sorte de quatro em quatro dias.
Sua nação é o Jeje, onde é considerado como Dan, e tido como rei do povos Djedje (jeje) é uma palavra de origem yorubá que significa estrangeiro, forasteiro e estranho; que recebeu uma conotação pejorativa como “inimigo”, por parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomey e seu exército.
Na nação Jeje, sua cor é o amarelo e preto de miçangas rajadas.
 Já no Ketu, suas cores são o verde e amarelo intercaladas. 
Porém essas cores definem apenas o fio-de-contas, pois todas as cores do arco-íris lhe pertencem.
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Arquétipo
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Seus filhos, assim como conta a lenda de Oxumarê, em sua maioria no início passam por muitas dificuldades, quase miseráveis, porém mais tarde, dando a grande volta em seu caminho, se tornando ricos, poderosos, e muitas vezes orgulhosos. 
Porém, nunca se negam a ajudar quando alguém realmente precisa deles. 
E não raro, é ver um filho de Oxumarê se desfazer de algo seu, em favor dos necessitados, com a maior facilidade, contrapondo seu estado de orgulho e ostentaçao, a exibir sua riqueza. 
Nessa fase estão no arco-íris, a fase mais doce e sincera que possuem.
São pessoas de temperamento fácil de se lidar estando calmas, porém, se tornam terríveis quando com raiva, representando nesse estado a Serpente, que vem trazendo o lado negativo de Oxumarê, o seu lado mais perigoso, que é a falsidade e a perversidade.
Tudo muda em suas vidas: Os amigos, os romances, as cidades que moram. 
Gostam de mudanças e quando a fazem, se tornam radicais. 
Podem desenvolver a bissexualidade, pois faz parte da característica deste orixá, que é 6 meses homem e 6 meses mulher, não que seus filhos tenham os dois sexos, mas que podem gostar e sentir atração por homem e mulher, de forma natural.
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Duas fases de Oxumarê
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Oxumarê dentro do candomblé, se divide em duas qualidades : - Oxumarê macho, representado pelo arco-íris _ Oxumarê fêmea, chamado de Frekuem, representado pela Serpente. 
Identificado no jogo do merindilogun pelo odu iká e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba oxumare.
 A entidade é 6 meses homem e 6 meses mulher, mas é considerado pai de cabeça e não mãe.
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Fonte de Pesquisa:

Oxum

Ficheiro:2008 agboro e yagba 072.JPG
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Caracterização de Oxum no Candomblé: em primeiro plano, Oparà; em segundo, Ypondá.
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Oxum na religião yoruba, é uma (Orixá) que reina sobre a água doce dos rios, o amor, intimidade, beleza, riqueza e diplomacia.
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Ficheiro:Rio Osun.jpg
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Rio Osun em Osogbo (Foto Alex Mazzeto).
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África
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Osun, Oshun, Ochun ou Oxum, na Mitologia Yoruba é um orixá feminino. 
O seu nome deriva do rio Osun, que corre na Iorubalândia, região nigeriana de Ijexá e Ijebu.
 Identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejioko e Ôxê, é representada pelo candomblé, material e imaterialmente, por meio do assentamento sagrado denominado igba oxum.
É tida como um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio. 
As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. 
Ex.: Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu, etc.
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Em sua obra Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns, Pierre Fatumbi Verger escreve que os tesouros de Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá. 
O templo situa-se em frente e contém uma série de estátuas esculpidas em madeira, representando diversos Orixás: "Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos, para tudo ver. 
Ela carrega uma espada para defender seu povo."
O Festival de Osun é realizado anualmente na cidade de Osogbo, Nigéria.
O Bosque Sagrado de Osun-Osogbo, onde se encontra o Templo de Osun, é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2005.
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Ficheiro:Oxun.jpg
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Oxum - escultura de Carybé em madeira (Museu Afro-Brasileiro, Salvador (Bahia), Brasil.
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Grande desavença
Oxum, Iansã e Obá eram esposas de Xangô. 
Muitos dizem que Oxum enganou Obá e a induziu a cortar a orelha e colocá-la no amalá de Xangô, criando, com isso, uma grande desavença entre ambas. 
Mas, na verdade, Obá apenas cortou sua orelha para provar seu amor a Xangô. 
Muitos difundiram este mito porque Oxum é a orixá da beleza e da juventude, ao passo que Obá tem mais idade e protege as mulheres dignas, idosas e necessitadas, além de trabalhar com Nanã. 
Quem afirmar que há uma desavença entre Oxum e Obá e que esta é a menos amada por Xangô está totalmente enganado, porque Obá é aquela mulher que fica ao lado do marido e que mais recebe o amor dele. 
Quanto ao fato de algumas qualidades lutarem entre si, não é por causa da "desavença", que nem é verdadeira, e sim porque as qualidades fazem uma representação de conflitos e guerras do tempo em que tais qualidades estavam na Terra. 
Do mesmo jeito que, se houver uma qualidade de Iansã que, quando viveu na Terra, teve uma guerra com Ogum, quando ambos incorporarem, representarão uma luta entre si, para mostrar que possuiam certa desavença, e um pouco da história do mundo. 
Vale lembrar que estamos falando dos ORIXÁS Obá e Oxum, e não de suas qualidades (caminhos). 
Os orixás tiveram uma história aqui na Terra, e as qualidades, outra. 
Então, se Iansã tiver um conflito com Ogum, não podemos dizer que a Iansã (ORIXÁ) tem conflito com o Ogum (ORIXÁ), porque quem tem a desavença são suas qualidades, e não os orixás entre si.
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Oxum é um Orixá feminino da nação Ijexá, adotada e cultuada em todas as religiões afro-brasileiras. 
É o Orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza. 
Em Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de "Senhora do Ouro", que outrora era do Cobre, por ser o metal mais valioso da época.
Na natureza, o culto a Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais. 
Oxum é símbolo da sensibilidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar em alguém, característica que se transfere a seus filhos, identificados por chorões.
Candomblé Bantu - a Nkisi Ndandalunda, Senhora da fertilidade e da Lua, muito confundida com Hongolo e Kisimbi, tem semelhanças com Oxum.
Candomblé Ketu - Divindade das águas doces, Oxum é a padroeira da gestação e da fecundidade, recebendo as preces das mulheres que desejam ter filhos e protegendo-as durante a gravidez. 
Protege, também, as crianças pequenas até que comecem a falar, sendo carinhosamente chamada de Mamãe por seus devotos.
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Arquétipo
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Seus filhos e filhas são doces, sentimentais, agem mais com o coração do que com a razão e são muito chorões (nem todos os filhos). 
Também são extremamente vaidosos e conquistadores, adoram o luxo, a vida social, além de sempre estar
namorando.
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Qualidades de Oxum
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Kare - veste azul e dourado, cor do ouro. 
Usa um abebé e um ofá dourados.
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Iyepòndàá ou Ipondá - é a mãe de Logunedé, orixá menino que compartilha dos seus axés.
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Ambos dançam ao som do ritmo ijexá, toque que recebe o nome de sua região de origem. 
Usa um abebé (espelho de metal) nas mãos, uma alfange (adaga), por ser guerreira, e um ofá (arco e flecha) dourado, por sua ligação com Oxóssi. 
É uma das mais jovens.
Yeyeòkè
Iya Ominíbú
Ajagura
Ijímú
Ipetú
Èwuji
Abòtò
Ibola
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Oparà ou Apará - qualidade de Oxum, em que usa um abebé e um alfange (adaga) ou espada. 
Caminha com Oya Onira, com quem muitas vezes é confundida. 
Diferente das outras Oxuns por ter enredo com muitos Orixás, vem acompanhada de Oyá e Ogum.
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Sete folhas mais usadas para Oxum
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Efirin
Eré tuntún
Macassá
Teté
Ejá Omodé
Wuê mimolé
Ewê boyí funfun
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Nas religiões afro-brasileiras é sincretizada com diversas Nossas Senhoras. 
Na Bahia, ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres. 
No Sul do Brasil, é muitas vezes sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste é associada ora à denominação de Nossa Senhora, ora com Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
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Cuba
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Na Santeria cubana é chamada Ochún.
 O sincrestismo deste orixá se dá na Santeria com Nossa Senhora da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba. 
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Haiti
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No Haiti Ochun é a orixá do amor, do dinheiro e da felicidade. 
Também conhecida como Erzile ou Erzulie, Erzulie Freda no Dahomey.
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Fonte de Pesquisa:

Obaluaiyê

Ficheiro:Obaluaye no Opanijé Orossi.JPG
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Obaluayê dançando Opanijé candomblé.
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Obaluaye em iorubá Obàlúwàiyé é traduzido por (rei e senhor da terra), Oba (rei) aiyê (terra), Obaluaiyê, Obaluaê, Xapanã, Omolu, são alguns dos nomes como é conhecido esse Orixá africano. 
Os orixás Nanã (cujo emblema é o Ibiri) e seus filhos Obaluaiyê (cujo emblema é o Xaxará) e Oxumaré (cujo emblema é uma cobra) pertencem ao Panteão da Terra. 
Obaluaye é identificado no jogo do merindilogun pelos odu Irosun, Ossá, Êjilobon e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba obaluaye.
Nomes
Obàluáyê "Rei senhor da Terra", Omolu "Filho do Senhor", Sakpata "Dono da Terra" são os nomes dados a Sànpònná (um título ligado a grande calor o sol - também é conhecido como (Babá Igbona = pai da quentura) deus da varíola e das doenças contagiosas, é ligado simbolicamente ao mundo dos mortos. 
Outra corrente os define como: Obàluáyê: Obá - ilu; aiye; Rei, dono, senhor; da vida; na terra; Omolu; Omo-ilu; Rei, dono, senhor; da vida.
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Dança
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Sua dança o Opanijé (cuja tradução é: ele mata qualquer um e come), dança curvado para frente, como que atormentado por dores, e imitam seu sofrimento, coceiras e tremores de febre.
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Emblemas
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Tem como emblema o Xaxará (Sàsàrà), espécie de cetro de mão, feito de nervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas, em que ele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como "varre" as doenças, impurezas e males sobrenaturais. 
Esta representação nos mostra sua ligação a terra. 
Na Nigéria os Owo Érindínlogun adoram Obàluáyê e usam, no punho esquerdo, uma tira de Igbosu (pano africano) onde são costurados cauris esó (búzios).
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Vestimenta
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A vestimenta é feita de ìko, é uma fibra de ráfia extraída do Igí-Ògòrò, a palha da costa , elemento de grande significado ritualístico, principalmente em ritos ligados a morte e o sobrenatural, sua presença indica que algo deve ficar oculto. 
É composta de duas partes o "Filá" e o "Azé", a primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie de capuz trançado de palha-da-costa, acrescido de palhas em toda sua volta, que passam da cintura, o Azé , seu asó-ìko (roupa de palha) é uma saia de palha da costa que vai até os pés em alguns casos, em outros, acima dos joelhos, por baixo desta saia vai um Xokotô, espécie de calça, também chamado "cauçulú", em que oculta o mistério da morte e do renascimento. 
Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas, onde supostamente carrega seus remédios. 
Ao vestir-se com ìko e cauris, revela sua importância e ligação com a morte. 
A palha da costa é mais encontrada no norte do Brasil.
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Ficheiro:Olubaje.jpg
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Comidas do Olubajé, candomblé.
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Festa
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A festa anual é o Olubajé (Comida do rei senhor). 
São feitas e destribuídas no mínimo nove iguarias da culinária afro brasileira (comida ritual), seus "filhos" devidamente "incorporados" e paramentados oferecem aos convidados e assistentes, em folhas de mamona ilará ou bananeira (aguede), no sentido de prolongar a vida e trazer saúde .
Tido como filho de Nanã, no Brasil, sua origem, forma, nome e culto na África é bastante variado, de acordo com a região, essa variação de nomes é de conformidade com a região, Obàluáyê/Xapanã em Tapá (nupê) chegando ao território Mahi ao norte do Daomé; Sapata é sua versão fon, trazido pelos nagôs na cidade de Savalu, Benin. 
Em alguns lugares se misturam, em outros são deuses distintos, confundido até com Nànà Buruku; Omolu em ketu e Abeokuta.
Seu parentesco com Oxumaré e Iroko é observado em Ketu (vindo de Aise segundo uns e Adja Popo segundo outros), onde pode se ver uma lança (oko Omolu) cravada na terra, esculpida em madeira onde figuram esses três personagens superpostas, também em Fita próximo de Pahougnan, território Mahi, onde o rei Oba Sereju, recebera o fetiche Moru, três fetiches ao mesmo tempo Moru (Omolu), Dan (Oxumaré) e seu filho Loko (Iroko).
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Sete folhas mais usadas para Obaluaiyê
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Ewé ìgbolé
Ewê réré
Atorinã
Ewê lará
Ewê odã
Afon
Tamandê
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Brasil
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No Brasil é conhecido como Obaluaiyê no Candomblé, como Obaluaê na Umbanda, como Xapanã no Batuque e como Obaluaiê no Xambá. 
Seus filhos são sérios, calados, as vezes alegres e ingênuos demais, porém são observadores e espertos. Também seus filhos tem muitos problemas de saúde. 
É sincretizado como São Roque na forma de Obaluaiyê. 
Na forma mais velha de Omulu, é sincretizado como São Lázaro.
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Arquétipo
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Seus filhos parecem ter mais idade do que realmente têm por conta da entidade ser mais velha e agem como se tivessem idade avançada. 
Seus filhos são doces, mas reclamões, rabugentos, um tanto mal-humorados. 
Quando querem, fazem e ajudam a todos sem exceção. 
Sofrem com muitos problemas de saúde que se arrastam por anos, geralmente desde criança ou desde o nascimento. 
São fiéis, dedicados e amigos de verdade. 
Podem ter premonições e seus filhos tem um pensamento de pessoas maduras, o que os ajuda a não agirem como crianças, ou serem irresponsáveis. 
Gostam da ordem e disciplina.
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Cuba
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Na Santeria é cultuado como Babalú Ayé.
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Fonte de Pesquisa:

Ayrà

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Ayrà ou Xangô Airá, (como é cultuado em candomblés no Brasil) normalmente confundido com Xangô, na verdade é um orixá próprio, que pertence à família de Xangô em Oyó, Nigéria, identificado no jogo do merindilogun pelos odu ejilaxebora e ofun. 
Este orixá veste-se de branco, tem profundas ligações com Oxalá, e é o grande homenageado durante a festa do fogo (Isire Ina Ayra) que, no Brasil, comemora-se em 29 de junho.
Airá não usa coroa, mas um eketé branco. 
Suas comidas votivas não são temperadas com dendê, e sim com banha de ori africana. 
Come quiabos, assim como Xangô e toda a sua família, numa oferenda chamadaajebo.
Segundo os mitos, Oxalá permaneceu injustamente preso durante sete anos no reino de seu filho, Xangô, sem que este soubesse do fato. 
Grandes calamidades ocorreram em todo o reino devido a essa injustiça e quando Xangô finalmente descobriu o que havia acontecido com o próprio pai, resgatou-o da prisão e ordenou que fossem organizadas grandes festas em todo o reino, em sua homenagem. 
A festividade conhecida hoje como Águas de Oxalá remonta a esse acontecimento.
No entanto, Oxalá estava muito alquebrado, ferido e entristecido. 
Apesar de toda a atenção que recebeu, a única coisa que desejava era retornar ao seu próprio reino, em Ifé, onde Yemanjá, sua esposa, o aguardava. 
Xangô não podia acompanhá-lo pois precisava colocar em ordem o próprio reino e pediu a Airá que fizesse isso em seu lugar.
Foi assim que Airá tornou-se o companheiro de Oxalá, pois a viagem foi muito longa já que Oxalá andava muito devagar (conta-se também que Airá carregava Oxalá nas costas) pelo fato de ainda estar se recuperando dos ferimentos que adquirira durante os sete anos de prisão.
Durante o dia, eles caminhavam.
À noite, Oxalá sentia frio e precisava descansar. 
Para aquecê-lo e distraí-lo dos próprios pensamentos, Airá mandava que acendessem uma grande fogueira no acampamento. 
Oxalá observava o fogo e Airá passava longas horas contando-lhe histórias do povo de Oyó.
Desse modo, tornou-se tradição acender a fogueira no dia 29 de junho de cada ano (no Brasil), em homenagem a Airá e à viagem que fez em companhia de Oxalá.
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Ficheiro:Acento de Ayra e Oxalufan.JPG
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Acento de Ayrá e Oxalufancandomblé.
Em alguns terreiros de candomblé cultua-se um grupo de qualidades de Xangô que recebe o nome de Airá. Também se acredita que Airá seja um orixá diferente de Xangô e que participa de alguns de seus mitos. 
O mais comum é considerar-se Airá como um Xangô branco. 
Vejamos algumas das subdivisões de Airá.
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Airá Intilé
É o filho rebelde de Obatalá. 
Airá Intilé foi um filho muito difícil, causando dissabores a Obatalá. 
Um dia, Obatalá juntou-se a Odudua e ambos decidiram pregar uma reprimenda em Intilé. Estava Intilé na casa de uma de suas amantes, quando os dois velhos passaram à porta e levaram seu cavalo branco. 
Airá Intilé percebeu o roubo e sabedor que dois velhos o haviam levado seu cavalo predileto, saiu no encalço. 
Na perseguição encontrou Obatalá e tentou enfrentá-lo. 
O velho não se fez de rogado, gritou com Intilé, exigindo que se prostrasse diante dele e pedisse sua benção. Pela primeira vez Airá Intilé havia se submetido a alguém. 
Airá tinha sempre ao pescoço colares de contas vermelhas. 
Foi então que Obatalá desfez os colares de Airá Intilé e alternou as contas encarnadas com as contas brancas de seus próprios colares. 
Obatalá entregou a Intilé seu novo colar, vermelho e branco. 
Daquele dia em diante, toda terra saberia que ele era seu filho. E para terminar o mito, Obatalá fez com que Airá Intilé o levasse de volta a seu palácio pelo rio, carregando-o em suas costas. 
Nesta qualidade, Airá Intilé dá a seu devoto um ar altivo e de sabedoria, prepotente, equilibrado, intelectual, severo, moralista, decidido.
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Airá Ibonã
É considerado o pai do fogo, tanto que na maioria dos terreiros, no mês de junho de cada ano, acontece a fogueira de Airá, rito em que Ibonã dança acompanhado de Iansã, pisando as brasas incandescentes. 
Conta o mito que Ibonã foi criado por Dadá, que o mimava em tudo o que podia. 
Não havia um só desejo de Ibonã que Dadá não realizasse. 
Um dia Dadá surpreendeu Ibonã brincando com as brasas do fogão, que não lhe causavam nenhum dano. Desde então, em todas as festas do povoado, lá estava Airá Ibonã, sempre acompanhado de Iansã, dançando e cantando sobre as brasas escaldantes das fogueiras.
Nessa qualidade, os seguidores de Airá têm espírito jovem, perigoso, violento, intolerante, mas são brincalhões, alegres, gostam de dançar e cantar.
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Airá Osi
É o eterno companheiro de Oxaguiã. 
Um dia, passando Oxaguiã pelas terras onde vivia Airá Osi, despertou no jovem grande entusiasmo por seu porte de guerreiro e vencedor de batalhas. 
Sem que Oxaguiã se desse conta, Airá trocou suas vestes vermelhas pelas brancas dos guerreiros de Oxaguiã, misturando-se aos soldados do rei de Ejibô. 
No caminho encontraram inimigos ao que Osi, medroso que era, escondeu-se atrás de uma grande pedra. Oxaguiã observava a disputa do alto de um monte, esperando o momento certo de entrar nela, mas, para sua surpresa, percebeu que um de seus soldados estava de cócoras, escondido atrás da pedra. 
Sorrateiramente Oxaguiã interpelou seu soldado e para sua surpresa deparou-se com Airá que chorava de medo, implorando seu perdão, por haver enganado o grande guerreiro branco. 
Oxaguiã, por sua bondade e sabedoria, compadeceu-se de Airá Osi. 
No entanto, como punição pela mentira de Airá, decidiu que naquele mesmo dia o jovem voltaria à sua terra natal vestindo-se de branco e nunca mais usaria o escarlate, devendo dedicar-se a arte da guerra para poder seguir com ele em suas eternas batalhas.
Os filhos de Airá Osi são considerados jovens guerreiros, lutam pelo que querem, mas as vezes deixam-se enganar pela impetuosidade. 
São calmos, não tidos a trabalhos intelectuais, são amorosos, alegres e sentimentais.
São muitas as invocações ou qualidades de Xangô, que, como vimos, se juntam às outras tantas de Airá. 
Em diferentes países e regiões da diáspora africana em que a religião dos orixás sobreviveu e prosperou, há diferentes variantes das qualidades dos orixás, pois cada grupo, geograficamente isolado, ao longo do tempo, acabou por selecionar esta ou aquela passagem mítica do orixá. 
Muitas foram esquecidas, outras ganharam novos significados. 
Cada qualidade é representada por diferentes cores e outros atributos, de modo que, pelas vestes, contas e ferramentas, ritmos e danças, é possível identificar a qualidade que está sendo festejada, principalmente no barracão de festas dos terreiros. 
Não só por esses aspectos, mas também pelas oferendas votivas e pelos animais que são sacrificados em favor da divindade.
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Fonte de Pesquisa:
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Xangô

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África

Shango ou Sango, é Orixá, de origem Yorubá.
 Seu mito conta que foi Rei da cidade de Oyo, identificado no jogo do merindilogun pelos odu obará, ejilaxebora e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba xangô.
Pierre Verger dá como resultado de suas pesquisas que: Shango ou Xangô, como todos os outros imolè (orixás e ebora), pode ser descrito sob dois aspectos: histórico e divino.
Como personagem histórico, Xangô teria sido o terceiro Aláàfìn Òyó, "Rei de Oyo", filho de Oranian e Torosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian.
Shango, no seu aspecto divino, permanece filho de Oranian, divinizado porém, tendo Yemanjá como mãe e três divindades como esposas: Oyá, Oxum e Obá.
Shango orixá dos raios, trovões,de grandes cargas elétricas e do fogo.
 É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. 
Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. 
Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de xangô.
Sacerdote de Sango - Magba
Sacerdotisa de Sango - Iya Magba
Atabaque de Sango - Ilu bata
Toque favorito - Alujá
Fruto favorito - Orogbo
Bichos - Akunko, Agutan, Ajapá
Comida - Amalá
Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele o único Orixá que exerce poder sobre os mortos. 
Xangô é a roupa da morte, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. 
Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.
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Itan
Xangô criador de Culto a Egungun
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Xangô é o fundador do culto aos Eguns, somente ele tem o poder de controlá-los, como diz um trecho de um Itã:
"Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com Xangô a frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais as de Egungun, vestiram-na e tentaram assustar os homens que participavam do culto, todos correram mas Xangô não o fez, ficou e as enfrentou desafiando os supostos espíritos. 
As Iyámis ficaram furiosas com Xangô e juraram vingança, em um certo momento em que Xangô estava distraído atendendo seus súditos, sua filha brincava alegremente, subiu em um pé de Obi, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram, derrubaram a Adubaiyani filha de Xangô que ele mais adorava. 
Xangô ficou desesperado, não conseguia mais governar seu reino que até então era muito próspero, foi até Orunmilá, que lhe disse que Iyami é quem havia matado sua filha, Xangô quiz saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez, e Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao Orixá Iku (Oniborun), o guardião da entrada do mundo dos mortos, assim Xangô fez, seguindo a risca os preceitos de Orunmilá.
Xangô conseguiu rever sua filha e pegou para sí o controle absoluto dos mistérios de Egungun (ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de mulheres neste culto, caso essa regra seja desrespeitada provocará a ira de Olorun. Xangô , Iku e dos próprios Eguns, este foi o preço que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais."
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Ficheiro:Acentos de Xango e Oba.jpg
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Acentos de Xangô e Obá candomblé.
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Brasil
Xangô foi o quarto rei lendário de Oyo (Nigéria, África), tornado Orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são o fogo, o Sol, os Raios, as Tempestades e os trovões. 
Filho de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Oxum e Obá. 
Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. 
Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes.
Enquanto Oxóssi é considerado o Rei da nação de ketu, Xangô é considerado o rei de todo o povo yorubá. Orixá do fogo, dos raios e das tempestades, Xangô foi um grande rei que unificou todo um povo. 
Foi ele quem criou o culto de Egungun, muitos Orixás possuem relação com os Egunguns mas, ele é o único Orixá que, verdadeiramente, exerce poder sobre os mortos, Egungun. Xangô é a roupa da morte, Axó Iku, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. 
Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns
Xangô era forte, valente, destemido e justo. 
Era temido, e ao mesmo tempo adorado. 
Comportou-se em algumas vezes como tirano, devido a sua ânsia de poder, chegando até mesmo a destronar seu próprio irmão, para satisfazer seu desejo. 
Filho de Yamasse (Torosi) e de Oraniã, foi o regente mais poderoso do povo yorubá. 
Ele também tem uma ligação muito forte com as árvores e a natureza, vindo daí os objetos que ele mais aprecia, o pilão e a gamela; o pilão de Xangô deve ter duas bocas, que representam a livre passagem entre os mundos, sendo Xangô um ancestral (Egungun). 
Da natureza, ele conseguiu profundos conhecimentos e poderes de feitiçaria, que somente eram usados quando necessário. 
Tem também uma forte ligação com Oxumaré, considerado por ele como seu fiel escudeiro.
Xangô é cultuado no Brasil, sob 12 (doze) qualidades. 
Vale salientar, que muitos seguem cegamente as ditas qualidades de Xangô da Bahia, e não é bem assim, por exemplo, Airá é um outro Orixá que não se dá com Xangô.Reza a lenda que Ayra era muito próximo de Xangô, e quando Oxalufã, em visita ao reino de Xangô, foi erroneamente confundido com um ladrão, teve suas pernas quebradas e foi preso. 
Uma vez Xangô percebendo o engano, mandou que o tirassem da prisão, o limpassem e dessem a ele vestimentas condizentes com a grandiosidade de Oxalufã, porém Oxalufã estava viajando e teria ainda outros lugares para ir. 
Por ser muito velho e agora com as pernas tendo sido quebradas, a locomoção havia sido afetada, fazendo que Oxalufã andasse curvado e muito vagarosamente. 
Xangô então mandou que Ayrá levasse Oxalufã nas costas até a próxima cidade. 
Ayrá, percebendo ali a sua grande oportunidade, durante o caminho se voltou contra Xangô, falando a Oxalufã que Xangô sabia que ele estava preso, acabando por ganhar a confiança de Oxalufã, que o tomou para si; razão pela qual Ayrá usa branco, mas nao é um fum-fum. 
Xangô que nao suporta traições se irritou com a atitude de Ayrá cortando relações com ele, desde então eles jamais devem ser cultuados juntos ou mantidos na mesma casa.
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Ficheiro:Xango.jpg
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Xangô - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil
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As Qualidades de Xangô
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As qualidades de Xangô são estas:
Afonjá - Afonjá, o Balé (governante)da cidade de Ilorin. 
Afonjá era também Are-Ona-Kaka-n-fo, quer dizer líder do exército do império. 
Segundo a história de Oió, no início do século dezenove, Oió era governada pelo rei Aolé, ele possuía aliados que eram espécies de Generais, que lhe davam todo o tipo de apoio mantendo assim o poder absoluto sobre o Reino Iorubá e os reinos anexados. 
Mas um dia um desses generais resolveu se rebelar contra Oió e se unir com os inimigos, esse general se chamava Afonjá que era conhecido como Kakanfo de Ilorin. 
Declarou-se independente de Oió. 
Com isso o Rei de Oió Aolé se envenenou para não ver o desmembramento do Império. 
Afonjá traíu o Império Iorubá, mas quando os rebeldes assumiram o poder Afonjá foi decaptado pelo seu novo aliado. 
Este alegou que se um homem traíu seu antigo rei ele voltaria a trair tantos outros.
Obá Kosso - Título que Xangô recebe ao fundar a cidade de Kossô nos arredores de Oió, tornando-se seu Rei. 
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Título dado também a Aganju, irmão gêmeo de Xangô quando de sua chegada em Oió foi aclamado como o Rei Não se Enforcou, Obá Kô Sô.
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Obá Lubê - Título de Xangô que faz referência a todo o seu poder e riqueza, pode ser traduzido como Senhor Abastado.
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Obá Irù ou Barù - Título dado a Xangô logo após chegar ao apogeu do império, quando cria o culto de Egungun, é aclamado como a forma humana do Deus primordial Jakutá sobre a terra,senhor dos raios, tempestades, do Sol e do fogo em todas as suas formas. 
Ele acaba por destroir a capital do Reino numa crise de cólera e depois arrependido, se suicida , adentrando na terra.
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Obá Ajakà - Também intitulado Bayaniym," O pai me escolheu ", que faz referência a ele por ser o filho mais velho de Oraniã, e ter por direito que assumir o trono, irmão mais velho de Xangô.
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Obá Aganjù - Aganju representa tudo que é explosivo, que não tem controle, ele é a personificação dos Vulcões.
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Obá Orungã - Filho de Aganju Solá e Iemanjá, Orungã é dono da atmosfera é o ar que respiramos, dono da camada que protege a Terra. 
Ver mais abaixo.
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Obá Ogodô - Muito falado também, é apenas o que se diz sobre Xangô, pois, Ogodô é o verbo bocejar. Então, quando está trovejando, o que se diz é que Xangô está bocejando. 
Dai Xangô Ogodô, é apenas um título de Xangô.
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Jakutà ou Djakutà - Jakutá, é a representação da justiça e da ira de Olorun, míticamente Xangô foi iniciado para este Orixá sendo considerado como a forma divina primordial do mesmo. 
Ele foi enviado em sua forma divina por Olorun para estabelecer a ordem e submeter Oduduá e Oxalá aos planos da criação durante um momento de conflito entre as divindades. 
É o próprio Xangô.
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Obá Arainã - Oroinã e Oraniã - Personificação do fogo, o magma do centro da terra é o pai de Xangô e de Aganju em sua forma humana.
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Olookê - Orixá dono das montanha, em algumas lendas é um dos filho de Oraniã, foi casado com Yemanjá.
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Elementos do culto
Saudação: Kawó-Kabiesilé Saudação é a forma com que os Orixás são reverenciados;
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Cores: Vermelho e Branco ou Vermelho e Marrom ou Marrom e Preto ou Marrom e Branco ou somente Marrom ou vermelho.As cores representam os Orixás, e podem variar segundo a linha religiosa;
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Dia da Semana: Quarta-Feira;
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Elementos: Fogo, Vulcões, Tempestades, Sol, Trovões, Terremotos, Raios, criador do Culto de Egungun, senhor dos mortos, desertos e formações rochosas;
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Elemento Livro: os livros representam Xangô porque este orixá está ligado as questões da razão, do conhecimento e do intelecto. Bem como a Justiça e o Direito;
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Ferramenta: Oxê, machado duplo de dois cortes laterais feito e esculpido em madeira ou metal;
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Pedra: Meteorito;
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Domínios: Justiça, Poder Estatal, Questões Jurídicas, Pedreiras;
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Oferendas: Amalá, cágado, carneiro, e algumas vezes cabrito. Gosta de Orobô, mas recusa Obi (noz de cola), ao contrário dos demais Orixás;
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Dança: Alujá, a roda de Xangô. 
São vários toques que falam de suas conquistas, seus feitos, suas mulheres e seu poder e domínio como Orixá.
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Animais associados a Xangô: Tartaruga, Falcão, Águia, Carneiro e Leão.
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Cuba

Changó (em português, Xangô) é uma das deidades da religião yorubá. Na Santeria sincretiza com S.António
Resumo
Changó é um dos mais populares Orishas do panteão Yoruba. É considerado Orisha dos trovões, dos raios, da justiça, da virilidade, da dança e do fogo. Foi em seu tempo um rei tirano, guerreiro e bruxo, quem por equívoco destruiu sua casa e a sua esposa e filhos e logo se converteu em Orisha.
Orisha da justiça, da dança, da força viril, dos trovões, dos raios e do fogo, dono dos tambores Batá, Wemileres, Ilú Batá o Bembés, da festa e da música; representa a necessidade e a alegria de viver, a intensidade da vida, a beleza masculina, a paxão, a inteligência e as riquezas
O Orisha
Changó é chamado Yakutá (o lançador de pedras) e Obakosso (rei de Kosso). Foi o quarto Rey de Oyo e também o primeiro awó, trocou o ashe (axé) da adivinhação com Orunmila pelo da dança, é dono também dos tambores Batá, Wemileres, Ilú Batá o Bembés.
Família
Foi esposo de Obbá, Oyá y Oshún. Foi filho de Obbatala e Aggayu Solá, mas em outros caminhos se registra como de Obbatalá Ibaíbo e Yembó ou de Obbatalá e Oddua, mas em todos os caminhos considera-se criado por Yemaya e Dadá. Irmão do último, Oggun, Osun, Eleggua e Oshosi
Oferendas
As oferendas a Changó incluem amalá, feito a base de farinha de milho, leite e quimbombó (quiabo), bananas verdes, banana indio, otí (água ardente), vinho tinto, milho tostado, cevada, alpiste, etc. Imola-se carneiros, galos, codornas, tartarugas, galinha de guiné, pombas, etc
Pataki (Itan) de Changó
Furioso com os seus descendentes ao saber que Oggún havia querido ter relações com sua própria mãe, Obatalá ordenou executar a todos os varões. 
Quando nasceu Changó, Elegguá (seu irmão) levou-o escondido para sua irmã mais velha, Dadá, para que o criasse. Em pouco tempo nasceu Orula, o outro irmão, Elegguá, também temeroso da ira de Obatalá, o enterrou ao pé de uma árvore e lhe levava comida todos os dias. 
O tempo passou e um belo día Obatalá caiu enfermo. 
Elegguá buscou rápido a Changó para que o curasse. 
Logo que o grande médico Changó curou seu pai, Elegguá aproveitou a ocasião para implorar de Obatalá o perdão de Orula. Obatalá cedeu e concedeu o perdão. 
Changó cheio de alegria cortou a árvore e dela entalhou um belo tabuleiro e junto com ele, deu a seu irmão Orunmila o dom da adivinhação. 
Desde então Orunmila diz: “Maferefum (benção) Elegguá, maferefum Changó, Elegbara”. 
Também pela mesma razão a ékuele (moeda usada na Guiné Equatorial) de Orunmila leva na soldadura um fragmento do colar de Changó (branco e vermelho) por uma ponta. 
Desde então Orunmila é o adivinhador do futuro como interprete do oráculo de Ifá, dono do tabuleiro e conselheiro dos homens.
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Fonte de pesquisa:
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Logun -Edé

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Logunedé ou Logun Ede, do iorubá Lógunède, é um orixá africano que na maioria dos mitos costuma ser apresentado como filho de Oxum Ipondá e Oxóssi Inlè ou Érinle. 
Segundo as lendas, vive seis meses nas matas caçando com Oxóssi e seis meses nos rios pescando com Oxum. 
É cultuado na nação Ijexá como sua mãe, mas também nas nações Ketu e Efan, sendo o seu culto muito difundido no Rio de Janeiro.
No entanto, existem outras versões acerca de sua filiação. 
Se na maioria dos mitos, Logunedé surge como filho de Oxum e Oxóssi, em outros, um pouco mais raros, aparece como filho de Ogun e Iansã. 
Há, ainda, histórias que contam a lenda de Logunedé como filho desses quatro Orixás, apresentando-o como nada mais, nada menos que uma representação dos Orixás Gêmeos, Ibeji.
Simultaneamente caçador e pescador, Logunedé é o herdeiro dos axés de Oxum e Oxóssi que se fundem e se mesclam como mistério da criação, trata-se de um orixá que tem a graça, a meiguice e a faceirice de Oxum à alegria, à expansão de Oxóssi. 
Se Oxum confere a Logunedé axés sobre a sexualidade, a maternidade, a pesca e a prosperidade, Oxóssi lhe passa os axés da fartura, da caça, da habilidade, do conhecimento.
Essa característica de unir o feminino de Oxum ao masculino de Oxóssi, muitas vezes o leva a ser representado como uma criança, um menino pequeno ou adolescente, formando mais uma tríade sagrada na História das religiões. 
Com Logunedé, completa-se o triângulo iorubá pai, mãe e filho que também se repete nas trilogias católica (Pai, Mãe e Espírito Santo), egípcia (Ísis, Osíris e Hórus), hindu e tantas outras.
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Ficheiro:Logun.jpg
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Logunedé - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil
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Como símbolo da pureza, muitas vezes Logunedé também é visto como um ser andrógino. 
Ao contrário do que muitos pensam, Logun Ede não é de características masculina e feminina, não é bissexual. 
Na verdade possui uma grande relação com Òsun, sua mãe e com Erinlé, seu pai, trazendo consigo a personalidade desses dois Òrìxá e algumas características marcantes, mas nada que o transforme em um hermafrodita que durante seis meses é Oboró e seis meses Ìyábá como algumas pessoas assim o dizem .
Existem templos para Logun Ede em Ilesa, seu lugar de origem, onde em alguns itans é citado como um corajoso e poderoso caçador, que tamanha coragem é relacionada a de um leopardo. 
Casado com três esposas. 
De culto diferenciado e totalmente ligado ao culto a Òxun, é um Orixá de extremo bom gosto. 
Seus objetos devem permanecem junto aos assentos de Oxun e sempre quando agradado devemos agradar sua mãe.
 Tem predileção ao dourado, é um Orixá muito vaidoso, é considerado o mais elegante de todos os Orixás.
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De Òxun, sua mãe, Logun Ede herdou o lado belo e vaidoso.
 Pois Òxun lança mão de seu dom sedutor para satisfazer a ambição de ser a mais rica e a mais reverenciada. Deusa da fertilidade, na Nigéria é dela o rio que leva o seu nome e no Brasil dela são as águas doces dos lagos, fontes e rios.
 Água que mata a sede dos humanos e da terra, que assim se torna fecunda e fornece os alimentos essenciais à vida. 
Òxun menina dengosa, passando pela mulher irresistível até a senhora protetora, Òxun é sempre dona de uma personalidade forte, que não aceita ser relegada a segundo plano, afirmando-se em todas circunstâncias da vida. 
Com seus atributos, ela dribla os obstáculos para satisfazer seus desejos.
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De Erinlé, seu pai, Herdou o dom da caça pois Erinlé é da família dos Ode e seu símbolo é o ofá, a lança de caça e o ogue. 
Erinlé é a representação do desenvolvimento do homem, conhece os segredos da caça, também símbolo de prosperidade e formação de comunidades.
 Ele busca o alimento com coragem e é considerado o guerreiro das matas, é corajoso, viril e Logun-odé tem estas características, é um Òrìxá guerreiro. 
Mas se, em várias tradições, ele é considerado um orixá masculino, em algumas é confundido com a homossexualidade ou a bissexualidade, o que ocorre quando se interpreta ao pé da letra o mito que afirma viver Logunedé seis meses como homem e seis meses como mulher. 
Na verdade, a interpretação mais aceita seria que essa se trata de uma metáfora para falar dos axés herdados por ele de seus pais, Oxum e Oxóssi.
Após ser abandonado e viver com Ogum, aprende com ele as artes da guerra e da metalurgia. 
É coroado por Iansã como o príncipe dos Orixás. 
É amigo íntimo de Yewá, seriam eles os Orixás que se complementam, considerados o par perfeito.
Num mito raro, Logunedé se perde no caminho entre as casas de Oxum e Oxóssi, é encontrado pelo velho Omolu que o ampara e protege. 
Com Omolu, Logunedé aprende a arte da cura e a feitiçaria. 
O seu primeiro nome, Logun, no Brasil se mesclou ao segundo, Edé, nome da cidade iorubá na qual o seu culto se fortaleceu, formando Logunedé. 
Logun pode ser uma abreviatura de Ologun que, em iorubá, quer dizer feiticeiro.
Então, feiticeiro, caçador, pescador, príncipe guerreiro, esses são alguns títulos, alguns epítetos dados à Logunedé. 
Para Mãe Menininha do Gantois, "Logun é santo menino que velho respeita".
Costuma ser cultuado no candomblé, mas não na umbanda.
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Características
Logun-Edé é o Orixá originado do encanto, ou encantamento de Osossi e Osun. Divindade dos rios, senhor da pesca. Logun-Edé vive seis meses com o pai, Osossi, na caça e seis meses com a mãe, Osun, na água doce. Ambos ensinariam a Logun-Edé a natureza dos seus domínios.
Logun-Edé não é um Orixá “metá-metá”, ou seja, um Orixá de dois sexos, embora divida o tempo com os pais, Logun-Edé é um Orixá masculino. Ele é a beleza em pessoa, o encanto dos jovens, o namoro, o flerte. Rege a ingenuidade do jovem, a adolescência, a beleza adolescente. O seu encanto está no primeiro beijo, no primeiro abraço, no primeiro carinho. Está presente no brilho do olhar, no perfume das flores e numa paisagem singela. É também o deus da arte, o príncipe do que é belo, das águas doces, da caça, da alegria.
Logun-Edé está encantado nos pequenos animais, como o coelho, o porquinho-da-índia e os pequenos pássaros, no mato baixo, nas matas pouco densas e principalmente nos rios, sua morada predileta.
Está ligado às artes de pintar, esculpir, escrever, dançar, cantar; como o seu pai Oxóssi e ligado ao banho, pois também é filho de Osun, deusas das águas doces.
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Características
Logun-Edé é o Orixá originado do encanto, ou encantamento de Oxóssi e Oxun. Divindade dos rios, senhor da pesca. Logun-Edé vive seis meses com o pai, Osossi, na caça e seis meses com a mãe, Oxun, na água doce. Ambos ensinariam a Logun-Edé a natureza dos seus domínios.
Logun-Edé não é um Orixá “metá-metá”, ou seja, um Orixá de dois sexos, embora divida o tempo com os pais, Logun-Edé é um Orixá masculino. 
Ele é a beleza em pessoa, o encanto dos jovens, o namoro, o flerte. 
Rege a ingenuidade do jovem, a adolescência, a beleza adolescente.
 O seu encanto está no primeiro beijo, no primeiro abraço, no primeiro carinho. 
Está presente no brilho do olhar, no perfume das flores e numa paisagem singela. 
É também o deus da arte, o príncipe do que é belo, das águas doces, da caça, da alegria.
Logun-Edé está encantado nos pequenos animais, como o coelho, o porquinho-da-índia e os pequenos pássaros, no mato baixo, nas matas pouco densas e principalmente nos rios, sua morada predileta. 
Está ligado às artes de pintar, esculpir, escrever, dançar, cantar; como o seu pai Oxóssi é ligado ao banho, pois também é filho de Oxun, deusas das águas doces.
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Fonte de Pesquisa:
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Oxóssi

Ficheiro:Acentos de Osossi e Ossain.JPG
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Assentos de Oxóssi e Ossain no Candomblé.
Oxóssi, do iorubá Òsóòsì, é um orixá da caça e da fartura, identificado no jogo do merindilogun pelo odu obará e representado nos terreiros de candomblé pelo igba oxóssi.
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África
Pierre Verger, em seu livro Orixás, diz que o culto de Oxóssi foi praticamente extinto na região de Ketu, na Iorubalândia, uma vez que a maioria de seus sacerdotes foram escravizados, tendo sido enviados à força para o Novo Mundo ou mortos.
Aqueles que permaneceram em Ketu deixaram de cultuá-lo por não se lembrarem mais como realizar os ritos apropriados ou por passarem a cultuar outras divindades.
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Ficheiro:Ibualama.jpg
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Ibualama, Inlè ou Erinlè - escultura de Carybé em madeira (Museu Afro-Brasileiro, Salvador (Bahia), Brasil.
Durante a diáspora negra, muitos escravos que cultuavam Oxóssi não sobreviveram aos rigores do tráfico negreiro e do cativeiro, mas, ainda assim, o culto foi preservado no Brasil e em Cuba pelos sacerdotes sobreviventes e Oxóssi se transformou, no Brasil, num dos orixás mais populares, tanto no candomblé, onde se tornou o rei da nação Ketu, quanto na umbanda, onde é patrono da linha dos caboclos, uma das mais ativas da religião.
Seu habitat é a floresta, sendo simbolizado pela cor verde na umbanda, e recebendo a cor azul clara no candomblé, mas podendo usar, também, a cor prateada nesse último. 
Sendo assim, roupas, guias e contas costumam ser confeccionadas nessas cores, incluindo, entre as guias e contas, no caso de Oxóssi e, também, seus caboclos, elementos que recordem a floresta, tais como penas e sementes.
Seus instrumentos de culto são o ofá (arco e flecha), lanças, facas e demais objetos de caça. 
É um caçador tão habilidoso que costuma ser homenageado com o epíteto "o caçador de uma flecha só", pois atinge o seu alvo no primeiro e único disparo tamanha a precisão. 
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Conta a lenda que um pássaro maligno ameaçava a aldeia e Oxossi era caçador, como outros.
 Ele só tinha uma flecha para matar o pássaro e não podia errar. 
Todos os outros já haviam errado o alvo. 
Ele não errou, e salvou a aldeia. 
Daí o epíteto "o caçador de uma flecha só".
Come tudo quanto é caça e o dia a ele consagrado é quinta-feira.
No Brasil, Ibualama, Inlè ou Erinlè é uma qualidade de Oxóssi, marido de Oxum Ipondá e pai de Logunedé. Como os demais Oxóssis é caçador, rei de Ketu e usa ofá (arco e flecha), mas se veste de couro, com chapéu e chicote.
Um Oxóssi azul, Otin, usa capanga e lança. 
Vive no mato a caçar. 
Come toda espécie de caça, mas gosta muito de búfalo.
Oxóssi é a expansão dos limites, do seu campo de ação, enquanto a caça é uma metáfora para o conhecimento, a expansão maior da vida. 
Ao atingir o conhecimento, Oxóssi acerta o seu alvo. 
Por este motivo, é um dos Orixás ligados ao campo do ensino, da cultura, da arte. 
Nas antigas tribos africanas, cabia ao caçador, que era quem penetrava o mundo "de fora", a mata, trazer tanto a caça quanto as folhas medicinais. 
Além, eram os caçadores que localizavam os locais para onde a tribo poderia futuramente mudar-se, ou fazer uma roça. 
Assim, o orixá da caça extensivamente é responsável pela transmissão de conhecimento, pelas descobertas. O caçador descobre o novo local, mas são os outros membros da tribo que instalam a tribo neste mesmo novo local. Assim, Oxóssi representa a busca pelo conhecimento puro: a ciência, a filosofia. 
Enquanto cabe a Ogum a transformação deste conhecimento em técnica.
Apesar de ser possível fazer preces e oferendas a Oxóssi para os mais diversas facetas da vida, pelas características de expansão e fartura desse orixá, os fiéis costumam solicitar o seu auxílio para solucionar problemas no trabalho e desemprego. 
Afinal, a busca pelo pão-de-cada dia, a alimentação da tribo costumeiramente cabe aos caçadores.
Por suas ligações com a floresta, pede-se a cura para determinadas doenças e, por seu perfil guerreiro, proteção espiritual e material.
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Arquétipo
As pessoas consideradas filhas de Oxóssi são alegres, expansivas, preferem agir a noite, como os caçadores. São faladores, ágeis e de raciocínio muito rápido.
 Sabem lutar e alcançar o que almejam, como que lançando uma flecha e acertando o alvo. 
Sabem dominar mas quando raivosos, ferem as pessoas com palavras e atitudes, como se fosse dada uma flechada. 
Quando amam, são zelosos e fieis, não toleram ser enganados. 
São muito trabalhadores e honestos.
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Qualidade de Oxóssi
Òdé
Otin
Òdéarólé
Akeran
Ajayipapo
Danadana
Apáòka
Inlè
Irinlè
Ibualama
Isambu
Karele
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Sete folhas mais usadas para Oxóssi
Ewê odé
Akoko
Odé akoxu
Etítáré
Iteté
Igbá ajá
Bujê
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Sincretismo
No Rio de Janeiro, é sincretizado com São Sebastião.
Em Salvador, no dia de Corpus Christi é realizada uma missa, chamada de Missa de Oxossi com a participação das Iyalorixás do Candomblé da Casa Branca do Engenho Velho.
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Cuba
Ochosi (ou Oshosi) é um orisha da Santeria cubana. Rapresenta o caçador infalível.
Oshosi é uma das deidades da religião yorùbá. Na santería sincretizado com São Alberto Magno e São Norberto, particularmente, em Santiago de Cuba, é "Santiago Arcanjo".
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Resumo
Oshosi é o Orisha caçador e protetor dos que têm problemas com a justiça.
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O Orisha
É considerado mago ou bruxo. 
Faz parte dos Orishas guerreiros. 
Suas cores são o azul e o coral.
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Familia
Filho de Obbatala e Yembó. 
Irmão de Shango, Oggun, Eleggua. 
Esposo de Oshun com quem teve o filho Logun Ede.
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Oferendas e danças
Sacrificam-se pombas, cabritos, galos, codornas, frangos, veados, galinha de angola, cutias, etc.
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Haiti
No Haiti as religiões predominantes são o Vodou haitiano e o Catolicismo.
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Fonte de Pesquisa:
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