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Muito embora Allan Kardec tenha dito que “Nenhum indício há pelo qual se reconheça a existência da faculdade mediúnica.” , podemos estabelecer pelo menos alguns sinais identificadores da ocorrência de alterações no indivíduo que possam ser atribuídas a algum tipo de interferência mediúnica.
A afirmação de Allan Kardec talvez diga respeito ao reconhecimento a priori, em face da inexistência de sinais externos nos médiuns ou mesmo por conta da exigência da presença dos espíritos para sua ocorrência.
Por enquanto a mediunidade não foi detectada organicamente,mas apenas pelos efeitos que produz.
Nenhum médium, por mais experiente que seja, garante que pode controlar a demonstração da sua faculdade.
A mediunidade é uma faculdade psíquica e, como todo fenômeno subjetivo, não se submete, do ponto de vista experimental, à observação e repetição.
Há, porém, alguns indícios que podem nos levar futuramente à sua detecção e comprovação.
Eles são subjetivos e facilmente podem ter explicações psicológicas inconscientes ou mesmo parapsicológicas anímicas.
No seu conjunto, numa mesma pessoa, podem apontar para a existência da faculdade denominada de mediunidade.
São eles:
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1. Idéias e sentimentos inusitados na forma de pressentimentos que acabam por se concretizar.
Ocorre também como se o indivíduo já soubesse antecipadamente o que irá ocorrer, permitindo- lhe agir de acordo com uma certeza interna;
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2. Forte dose de intuição quanto às pequenas ocorrências do cotidiano.
Geralmente coloca o indivíduo num estado de consciência de quem tem o domínio dos eventos do dia, sem lhe gerar qualquer ansiedade;
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3. Arrependimentos tardios após atitudes inadequadas que poderiam ter sido evitadas.
São situações freqüentes de ausência de vontade própria, nas quais parece haver uma outra personalidade
no controle, trazendo desconforto momentâneo;
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4. Alterações constantes na forma, no conteúdo e no curso dos pensamentos promovendo desvio na elaboração das idéias.
Apresentam-se como falhas ou ausências no pensar, provocando sérias alterações na vida profissional, afetiva e familiar da pessoa;
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5. Alterações orgânicas e da senso-percepção não atribuíveis a fatores funcionais nem a interferências psicossomáticas.
Tais alterações podem ir do desconforto orgânico a alterações significativas nos cinco sentidos físicos, os quais podem se tornar hipo ou hiper-sensíveis;
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6. Ocorrências repetitivas de sonhos premonitórios ou de sonhos freqüentes com pessoas que já morreram. Freqüentes sonhos nos quais eventos futuros são vistos pelo sonhador, envolvendo terceiros ou a si mesmo, como também sonhos com pessoas, parentes ou não, já desencarnados e que parecem querer transmitir alguma mensagem;
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7. Sensações constantes de presenças à sua volta, ou de terceiros, de seres invisíveis.
Ocorre como se algo envolvesse a pessoa e lhe transmitisse a sensação de alguma companhia não visível.
Às vezes, a pessoa sente uma alteração em seu estado de consciência;
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8. Ruídos e pancadas à sua volta não atribuíveis a fatores físicos conhecidos.
São ruídos que parecem vir de dentro de paredes ou de objetos maciços como pancadas fortes e rápidas;
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9. Audição de vozes aparentemente oriundas do interior da cabeça.
Sons de palavras ou de músicas que soam no interior da cabeça e que não se originam de lugar externo;
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10. Superexcitação motora seguida de forte desejo de escrever.
Às vezes, inicia-se com um forte desejo de escrever ou com uma persistente idéia inusitada sobre algum tema.
Muitas vezes, tal desejo é acompanhado de tremores num dos braços, o qual apresenta movimentos repetitivos sem controle consciente da pessoa;
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11. Sensação descontrolada de que poderá ser tomado por algo, seguido de forte desejo de falar. Apresenta-se, muitas vezes, como um desconforto toráxico e uma necessidade de gritar ou chorar.
Pode, também, surgir como se alguma parte do corpo fosse acometida de uma intensa dor aguda;
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12. Facilidade na obtenção de cura de doenças alheias, pelo simples desejo de obtê-la ou pela proximidade ao doente.
A pessoa, pelo desejo consciente ou não, percebe a cura ou melhora de doenças em terceiros pelo contato físico ou por sua simples presença;
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13. Produção de conhecimentos não atribuíveis ao saber do indivíduo e à sua revelia.
Quando, após a simples atividade de escrever ou de falar em público, a pessoa observa ou alguém lhe
diz que o que produziu é de excelente conteúdo e de qualidade superior aos conhecimentos intelectuais que possui.
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14. Obtenção de índices acima dos níveis aceitáveis nas cartas *Zenner* .
Quando feito o teste Zenner, o percentual de acertos na retro-cognição e na pré-cognição apresenta níveis acima da média;
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15. Achados *psicométricos* em experiências típicas.
Quando o índice de acertos nos detalhes de objetos no teste psicométrico é superior ao normal;
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16. Constantes experiências emocionais de “déjà vü”.
Quando a pessoa tem freqüentes experiências emocionais de ter estado em determinados lugares antes, sem conscientemente têlos conhecido.
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Zerner* Teste que utiliza um baralho de 25 cartas com cinco naipes (linhas onduladas, círculo, quadrado, estrela e cruz) para identificar as faculdades paranormais de retrocognição, pré-cognição, dentre outras.
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Psicométricos*Vem de Psicometria, faculdade que permite ao indivíduo entrar em contato com a história pregressa do objeto que toca, captando-lhe as vibrações dos eventos que ocorreram em seu entorno, nele impregnadas.
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Adenáuer Novaes .
Texto do Livro Psicologia e Mediunidade
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