terça-feira, 5 de abril de 2011

Vida Após a Morte e Magia (Wicca)

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Vida após a morte
Os rituais wiccanos contêm elementos das lendas de Ishtar (a virgem-mãe da Babilônia, conhecida, também, por Astarte e Cibele) e de Deméter (a Ceres romana); tais lendas são interpretadas como um símbolo contínuo de morte e ressurreição.
Porém, a crença na reencarnação varia entre os wiccanos, embora ela tivesse sido tradicionalmente ensinada na década de 1930 nos New Forest coven. 
O influente Alto Sacerdote Raymond Buckland escreveu que uma alma humana reencarna nas mesmas espécies durante muitas vidas para aprender lições e progredir espiritualmente, mas essa crença não é universal no mundo da Wicca, uma vez que outros acreditam que a reencarnação da alma acontece em espécies distintas. 
Contudo, um ditado popular entre os wiccanos é que "uma vez bruxo, sempre bruxo", indicando que os wiccanos são reencarnações de bruxas do passado.
Os wiccanos que crêem em reencarnação acreditam que as almas vivem entre o Outro Mundo e a Terra de Verão, conhecida nas escritas de Gardner como o "êxtase da Deusa". 
Da mesma forma, estes wiccanos acham ser possível se comunicar com espíritos que residem no Outro Mundo através da mediunidade ou do tabuleiro ouija, principalmente durante o Sabbat de Samhain, embora alguns discordem com esta prática, como o Alto Sacerdote Alex Sanders, que dizia "estão mortos; deixem-os em paz." 
No entanto, a crença do contato foi muito influenciada pelo Espiritualismo, que estava popular na época do surgimento da Wicca, e na qual Gardner e outros wiccanos como Buckland e Sanders tiveram experiências diretas.
Apesar de alguns wiccanos acreditarem na vida após a morte, este não é o principal foco da Wicca, nem mesmo para estes grupos.
 A Wicca tende a se concentrar na vida atual porque, como observou Ronald Hutton, "se alguém faz seu melhor na vida presente, em todos os aspectos, a vida seguinte vai ser mais ou menos benéfica dentro do processo, então pode-se assim concentrar-se no presente."
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Ficheiro:Wiccan altar (1).PNG
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Altar wicca usado em ritual a céu aberto
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Boa parte dos wiccanos crêem na magia — uma força que eles vêem como sendo capazes de manipulação através da prática de bruxaria ou feitiçaria. 
Alguns a denonimam "magick", variação cunhada pelo influente ocultista Aleister Crowley, embora esta grafia é mais comumente associada com a religião da Thelema de Crowley do que com a Wicca. 
De fato, muitos wiccanos concordam com a definição de magia oferecida pelos mágicos cerimoniais, como Aleister Crowley, que declarava que a magia é "a ciência e a arte de provocar mudança de ocorrência em conformidade com a vontade", enquanto que outro mágico cerimonial proeminente, MacGregor Mathers, afirmou que era "a ciência do controle das forças secretas da natureza." 
Os wiccanos também acreditam que a magia é a lei da natureza ainda incompreendida ou ignorada pela ciência contemporânea, e, como tal, não a vêem como sendo sobrenatural, mas sendo uma parte dos "super poderes que residem no natural", como escrevia Leo Martello.
Alguns adeptos da Wicca preferem acreditar que a magia é fazer pleno uso dos cinco sentidos a fim de se obter resultados surpreendentes, ao passo que outros wiccanos não pretendem saber como ela funciona, apenas acreditando que ela funciona.
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Os feitiços da Wicca são realizados durante as práticas rituais , na tentativa de provocar mudanças reais no mundo físico. 
Assim, os feitiços da Wicca geralmente são usados para a cura, a proteção, o banimento de influências negativas e, principalmente, a fertilidade.
Os pioneiros da Wicca, Alex Sanders, Sybil Leek e Doreen Valiente, chamavam suas práticas de "magia branca", para separá-la da "magia negra", que é associada ao mal e ao Satanismo e é usada contra um objeto, uma pessoa, um lugar. 
Sanders também utilizava a terminologia "Caminho da Mão Esquerda" para descrever a magia maléfica e "Caminho da Mão Direita" para descrever a magia realizada com boas intenções; terminologia esta que teve sua origem com a ocultista Madame Blavatsky no século XIX. 
Alguns wiccanos, contudo, alegam que a cor preta não é necessariamente uma associação ao Mal.
A magia na Wicca define-se como a arte de enviar consciência a vontade, em ocasiões respaldando estes pensamentos ou está fé com objectos como velas, talismãs, ou ervas que representem a intenção do Mago Wicca. 
Símbolos, cores, artefatos, o círculo, movimentos, música e mantras fazem parte do conjunto fundamental de elementos na magia wicca a fim de se obter o efeito buscado, que varia de grupo a grupo. 
Scott Cunningham escreveu:
 "O poder pessoal é a força vital que sustenta nossas existências terrenas. 
Ela move nossos corpos. [...] 
Na magia, o poder pessoal é gerado, imbuído de um propósito específico, liberado e direccionado ao seu objectivo."
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"A vontade, o amor e a imaginação são poderes mágicos que todos possuem, mas só aquele que sabe a maneira de desenvolvê-los e servir-se deles de um modo consciente e eficaz é um verdadeiro Mago."
(João Ribeiro Júnior)
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Fonte de Pesquisa:
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